São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2007

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Feriado teve mais mortes e acidentes nas rodovias

Em relação ao Corpus Christi de 2006, rodovias federais tiveram 33,3% mais mortes

SP também teve aumento em mortes e acidentes; governo afirma que nevoeiros prejudicaram a visibilidade e tornaram estradas perigosas

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As mortes e os acidentes nas estradas federais e de São Paulo aumentaram no feriado prolongado de Corpus Christi em relação ao ano passado.
Nas rodovias federais, houve 33,3% mais mortes e 24,7% mais acidentes no país todo. Em números absolutos, foram 1.398 acidentes, que deixaram 858 feridos e 92 mortos.
Em São Paulo, que conta as vítimas fatais tanto nas estradas do Estado quanto nas do governo federal, foram 62,9% mais mortes: 35 no feriado do ano passado, contra 57 neste.
A quantidade de acidentes cresceu de 976 em 2006 para 1.187 neste ano -21,6% a mais.
A considerar apenas as estradas estaduais, o número de mortos saltou de 26 para 50, um incremento de 92,3%.

Queda na comparação
Apesar do crescimento dos dados absolutos, a Secretaria Estadual dos Transportes afirma que, comparativamente, houve queda de 22,6% nos acidentes e um aumento de apenas 23% nas mortes.
A distorção, diz o órgão, deve-se a um aumento de 15% no volume diário médio de veículos no feriado e à expansão da malha rodoviária. Até a conclusão desta edição, no entanto, o órgão não informou qual foi a variação na malha.
Para o ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Luiz Célio Bottura, "ninguém tem condições de dizer quantos veículos há na estrada", fato que, segundo ele, impede um cálculo qualitativo.
Segundo Bottura, o principal motivo para o aumento de acidentes é uma norma do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que obriga a sinalização de radares por placas -os motoristas, então, passam a andar mais rápido e só reduzem ao chegar perto do radar.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, só uma investigação detalhada identificará as causas de cada ocorrência.

Nevoeiros
Além do aumento dos veículos e da malha, a Secretaria Estadual dos Transportes diz que nevoeiros prejudicaram a visibilidade e tornaram as estradas mais perigosas.
O argumento também é usado pela Polícia Rodoviária Federal, que diz que a neblina nas regiões Sul e Sudeste e a fumaça de queimadas no Centro-Oeste e Nordeste contribuíram para o aumento dos acidentes.
Para o ex-secretário dos Transportes do Estado Adriano Branco, os acidentes decorrem de problemas antigos, como a má conservação das vias, a falta de fiscalização e a precariedade da frota, principalmente a de caminhões.
(TOMÁS CHIAVERINI E VINICIUS ABBATE)


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