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Feriado teve mais mortes e acidentes nas rodovias
Em relação ao Corpus Christi de 2006, rodovias federais tiveram 33,3% mais mortes
SP também teve aumento em mortes e acidentes; governo afirma que nevoeiros prejudicaram a visibilidade e tornaram estradas perigosas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As mortes e os acidentes nas
estradas federais e de São Paulo
aumentaram no feriado prolongado de Corpus Christi em
relação ao ano passado.
Nas rodovias federais, houve
33,3% mais mortes e 24,7%
mais acidentes no país todo.
Em números absolutos, foram
1.398 acidentes, que deixaram
858 feridos e 92 mortos.
Em São Paulo, que conta as
vítimas fatais tanto nas estradas do Estado quanto nas do
governo federal, foram 62,9%
mais mortes: 35 no feriado do
ano passado, contra 57 neste.
A quantidade de acidentes
cresceu de 976 em 2006 para
1.187 neste ano -21,6% a mais.
A considerar apenas as estradas estaduais, o número de
mortos saltou de 26 para 50,
um incremento de 92,3%.
Queda na comparação
Apesar do crescimento dos
dados absolutos, a Secretaria
Estadual dos Transportes afirma que, comparativamente,
houve queda de 22,6% nos acidentes e um aumento de apenas 23% nas mortes.
A distorção, diz o órgão, deve-se a um aumento de 15% no
volume diário médio de veículos no feriado e à expansão da
malha rodoviária. Até a conclusão desta edição, no entanto, o
órgão não informou qual foi a
variação na malha.
Para o ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Luiz Célio Bottura,
"ninguém tem condições de dizer quantos veículos há na estrada", fato que, segundo ele,
impede um cálculo qualitativo.
Segundo Bottura, o principal
motivo para o aumento de acidentes é uma norma do Contran (Conselho Nacional de
Trânsito) que obriga a sinalização de radares por placas -os
motoristas, então, passam a andar mais rápido e só reduzem
ao chegar perto do radar.
Segundo a Polícia Militar Rodoviária, só uma investigação
detalhada identificará as causas de cada ocorrência.
Nevoeiros
Além do aumento dos veículos e da malha, a Secretaria Estadual dos Transportes diz que
nevoeiros prejudicaram a visibilidade e tornaram as estradas
mais perigosas.
O argumento também é usado pela Polícia Rodoviária Federal, que diz que a neblina nas
regiões Sul e Sudeste e a fumaça de queimadas no Centro-Oeste e Nordeste contribuíram
para o aumento dos acidentes.
Para o ex-secretário dos
Transportes do Estado Adriano
Branco, os acidentes decorrem
de problemas antigos, como a
má conservação das vias, a falta
de fiscalização e a precariedade
da frota, principalmente a de
caminhões.
(TOMÁS CHIAVERINI E VINICIUS ABBATE)
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