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Para Haddad, exame fez escolas se preocuparem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Educação,
Fernando Haddad, atribuiu
parte da melhoria do Ideb à
divulgação dos indicadores
educacionais por escola e por
município, que começou durante a sua gestão.
Para ele, essa divulgação
fez com que as escolas tivessem um diagnóstico mais
preciso dos problemas e passassem a se preocupar com o
que era cobrado nos exames
nacionais, por exemplo.
"O casamento entre o que
se ensina e o que se avalia pelos exames nacionais foi essencial", disse o ministro ontem em entrevista coletiva,
acrescentando que os resultados irão pesar nas eleições
municipais deste ano.
As primeiras notas divulgadas por Estado e por escola
foram as do Enem (Exame
Nacional do Ensino Médio)
de 2005, no ano seguinte, sob
a gestão de Haddad e de Reynaldo Fernandes, atual presidente do Inep -o instituto
que consolida os resultados.
O ministro diz ter sofrido
pressão, dentro e fora do
MEC, para que os resultados
não fossem divulgados. Ele
chegou a comparar a divulgação a um ato de "coragem".
"Não só houve uma resistência enorme como uma incredulidade se o MEC teria
coragem de fazer [os resultados individualizados] e divulgar metas", afirmou.
No ano passado, após a divulgação pelo MEC das notas
por Estado do Pisa -exame
internacional de leitura,
ciência e matemática-, o governador de São Paulo, José
Serra (PSDB), acusou o ministro de fazer uso político
dos dados. Na ocasião, Haddad havia dito que esperava
um resultado melhor do Estado do governador tucano.
"Melhor dos mundos"
Haddad afirmou que a
queda na repetência e a melhora nas notas são "o melhor dos mundos".
Ele comemorou o que considerou uma "reversão do
processo histórico" de piora
nos indicadores educacionais, que ocorre desde 1995.
Evitou, porém, dizer se isso é
permanente. "A avaliação
precisa mostrar consistência
no tempo."
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