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Shopping só usará detector em pedestre
Medida tomada pelo Cidade Jardim depois de dois assaltos não valerá para clientes que chegarem de carro
Maioria dos que usam acesso de pedestres é de funcionários; equipamento já começou a ser instalado
EDUARDO GERAQUE
DE SÃO PAULO
O shopping Cidade Jardim, depois do segundo assalto em menos de um mês,
fechou a entrada de pedestre
que dava para a marginal Pinheiros. A nova passagem,
em uma rua lateral ao prédio,
terá detector de metais.
O equipamento ainda não
está operando, mas já começou a ser instalado. O corredor estreito que existe após o
aparelho levará à garagem e
não diretamente aos corredores do centro de compras.
Os clientes que não vão de
carro próprio ao shopping e
não sabem que existe uma
rampa de acesso para a entrada principal, que é mal sinalizada, terão que caminhar
mais de 200 metros até chegar ao detector de metais.
Antes da garagem, o caminho passa por uma espécie
de pátio de serviços.
A maioria das pessoas que
chegam pela marginal utiliza
ônibus. Elas trabalham em
lojas e restaurantes do local.
Todas as medidas, justifica a diretoria do Cidade Jardim, são para aumentar a segurança das lojas e dos clientes. Ontem, como é usual, vários homens monitoravam os
lado de fora e de dentro.
Outras ações, diz o shopping, também foram tomadas, mas são sigilosas.
Além da mudança da entrada de pedestres, outras
medidas estão previstas.
Uma delas, por exemplo, é a
abordagem de carros que entram pela garagem. Não está
descartada a revista aos veículos que chamarem a atenção da segurança privada.
SEM FISCALIZAÇÃO
O shopping Cidade Jardim
não quis confirmar, mas, por
enquanto, quem chega de
carro ao local e estaciona em
um dos pisos de garagem não
terá que passar pelo detector
de metais. No assalto do início da semana, os bandidos
entraram pela garagem e subiram pelo elevador.
Apenas na fuga é que eles
usaram as escadas para escaparem, rapidamente, pela
marginal Pinheiros.
As lojas Tiffany e Rolex ficam perto de escadas, localizadas logo após saídas de
emergência. Ontem, todas
essas portas, fundamentais
que em caso de necessidade
de fuga do prédio, estava fechadas. Alguns clientes tentaram, sem sucesso, chegar à
rua por meio delas.
A entrada de pedestres fechada ontem não existia na
abertura do shopping.
O movimento ontem nos
corredores era maior do que
o de terça-feira, um dia após
o assalto à loja Rolex.
Na véspera do Dia dos Namorados, muitos clientes,
principalmente mulheres,
caminhavam tranquilamente pelos quatro andares do
shopping com sacolas.
A loja assaltada nesta semana, no início da tarde, ainda estava fechada. E com
suas vitrines totalmente empapeladas.
A reabertura, segundo a
revendedora da marca no
Brasil, estava prevista para o
início da noite.
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