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Em GO, prisão comum abriga 39 menores
Situação contraria Estatuto da Criança
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
Por força de decisões judiciais, 39 menores infratores
estão em cadeias para adultos em Goiás. Isso contraria o
ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente), que estabelece que eles devem estar em
instituições exclusivas.
Das 246 cidades do Estado,
só sete têm centros de internação para menores. Ainda
assim, segundo a Secretaria
de Cidadania e Trabalho de
Goiás, existem hoje 168 vagas livres nessas unidades.
O Tribunal de Justiça de
Goiás disse que os juízes encaminham os menores para
cadeias comuns para "facilitar o convívio com as famílias". Segundo o TJ, em alguns locais, a instituição
adequada mais próxima fica
a até 200 km de distância.
Embora fiquem em celas
isoladas, a prática é proibida
pelo ECA, que só permite essa situação em emergências
e por, no máximo, cinco dias.
Em Goiás, há jovens há mais
de nove meses na cadeia.
A Susepe, responsável pela administração do sistema
carcerário, diz que é obrigada a receber os jovens por determinação da Justiça.
Para o presidente da
Amesgo (associação de juízes de Goiás), Átila Alves do
Amaral, "não é a situação
ideal, mas é o melhor que se
pode fazer diante da omissão
do Executivo". Já para o promotor de Execuções Penais
Haroldo Caetano, é "inaceitável" e os juízes deveriam
propor medidas alternativas.
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