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PM procura grampo telefônico em gabinete de vereador do PT
da Reportagem Local
A pedido do vereador José
Eduardo Cardozo (PT), presidente
da extinta CPI da máfia da propina, a assessoria militar da Câmara
Municipal fez ontem uma varredura para procurar grampos telefônicos no gabinete do vereador
Carlos Neder, também do PT.
A varredura foi mais um capítulo
do clima de tensão existente entre
Cardozo e a vereadora Maeli Vergniano (sem partido), que teve a
cassação de seu mandato pedida
pela CPI da máfia da propina.
O curioso nessa "guerra" é que
Cardozo, que é advogado e professor universitário, deu aulas a Maeli
em um curso preparatório para
concursos de ingresso no Ministério Público e na magistratura.
Maeli não foi aprovada.
A guerra entre o mestre e a aluna
teve início em 29 de maio, quando
Maeli depôs à CPI. No depoimento, ela teve uma crise de choro e
afirmou que Cardozo a estava intimidando. Além disso, Maeli disse
que suspeitava que ele tivesse
grampeado seus telefones.
Anteontem, Maeli voltou à carga
enviando carta a vereadores pedindo ajuda para não ser cassada,
Na carta, ela se dizia vítima de um
complô armado por Cardozo para
prejudicá-la e voltou a falar no
grampo telefônico. Maeli também
está colhendo assinaturas para
abrir um processo de cassação do
mandato de Cardozo.
Ontem, Neder afirmou que homens ficaram rondando seu gabinete, que é vizinho ao de Maeli.
Neder e Cardozo conversaram e
suspeitaram que os homens fossem funcionários de Maeli dispostos a colocar grampos nos telefones dela e de Neder. Em seguida,
ela pediria para fazer uma varredura, segundo Cardozo, e acusaria
o PT de escuta telefônica. Os dois
petistas, então, procuraram a PM
na Câmara e fizeram um BO no 1º
DP. Na varredura feita no gabinete
de Neder, nada foi encontrado.
(OTÁVIO CABRAL)
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