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URBANISMO
Administração sugere delimitar área para conter expansão de comércio; morador quer bar funcionando até as 22h
Prefeitura quer "bolsão" na Vila Madalena
DA REPORTAGEM LOCAL
A delimitação de um perímetro
onde bares, danceterias e restaurantes poderiam funcionar legalmente na Vila Madalena, criando
um núcleo de comércio e serviços
dentro de uma zona mista, predominantemente residencial. É a
proposta da prefeitura para os
cerca de 2.400 estabelecimentos
irregulares no bairro, que lidera as
queixas de barulho feitas ao Psiu
(Programa de Silêncio Urbano).
A proposta de escolher um bolsão onde os bares e danceterias
poderiam abrir visa também conter a expansão desses estabelecimentos, que cada vez mais avançam nas ruas residenciais.
Pelo Plano Diretor, a Vila Madalena, que faz parte da Subprefeitura de Pinheiros, está classificada como uma zona mista. Os
bares, por exemplo, são permitidos apenas nas vias estruturais,
que são apenas seis na região. Hoje, a maioria dos estabelecimentos
funciona ilegalmente em vias locais, muitas com pouco mais de
sete metros de largura.
Porém a proposta da prefeitura
diverge da apresentada por associações de moradores, como a Vila Madalena Solidária, que sugere
a criação de uma "zona residencial conversiva" no bairro.
As ruas conversíveis seriam
uma mistura de usos residencial e
misto, ou seja, de segunda a sábado, das 22h às 8h, as ruas da Vila
Madalena seriam exclusivamente
residenciais. E, das 8h às 22h, seriam uma zona mista.
Desse modo, os bares e danceterias poderiam funcionar apenas
até as 22h -horário em que,
atualmente, muitos deles começam a receber movimento.
A badalação noturna nas ruas
do bairro já foi parar no Ministério Público. No ano passado, moradores da rua Arapiraca enviaram à Promotoria de Habitação
Urbanismo um ofício que pedia a
retirada de bares e restaurantes
que funcionam no trecho formado pelas ruas Arapiraca e Delfina
e a praça João Francisco Lisboa.
A rua Arapiraca é do tipo Z9, no
qual só é permitido comércio
eventual, como farmácias. Para
poder funcionar no local, os restaurantes possuem um alvará de
lanchonete. Esse é, por exemplo, o
caso do restaurante Capim Santo.
A Subprefeitura de Pinheiros
chegou a mandar, no início de junho, que o Capim Santo fosse lacrado, baseada em uma vistoria
da Secretaria Municipal de Abastecimento que comprovou que o
estabelecimento é, de fato, um
restaurante. Entretanto o Capim
Santo conseguiu uma liminar e
continua funcionando.
De acordo com a subprefeita
Bia Pardi, a prefeitura entrou com
um recurso na Justiça pedindo a
lacração, mas não há prazo para a
resolução do problema.
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