DA REPORTAGEM LOCAL

Quando os planos diretores regionais forem encaminhados à Câmara Municipal para votação, em meados de agosto, os corredores que hoje estão classificados como "áreas de conflito" apresentarão, na minuta enviada, a proposta da prefeitura, decidida pela Secretaria de Planejamento e pela subprefeitura envolvida.
"Eu não posso mandar os planos com áreas sem nenhuma proposta. Temos de mandar a solução apontada pelo Executivo", afirma o urbanista Ivan Maglio, responsável na Sempla pela coordenação dos planos.
De acordo com o urbanista, assim que os planos forem enviados, as associações serão chamadas para reuniões de conciliação, nas quais a prefeitura mediará uma solução para o local.
A subprefeitura da região onde há "áreas de conflito" decidirá quantas audiências serão necessárias. Cada grupo envolvido selecionará cinco representantes que deverão chegar a um consenso. No entanto, se as partes envolvidas não chegarem a um acordo, caberá à prefeitura a decisão, que entrará no plano enviado à Câmara como uma emenda.
As normas a serem seguidas nos conflitos de interesses foram publicadas pela prefeitura no "Diário Oficial" no final de junho.

Corredores
Pelo plano diretor, os corredores poderão ser classificados em dois tipos: centralidade linear 1 -que permite comércio e serviços especializados- e centralidade linear 2- apenas para serviços de usos não-incômodos, como museus, agências bancárias e hospedagem.
Outra opção, para algumas áreas, é a transformação em ZER 3- uma zona residencial de densidade mais alta, com possibilidade de cotas de terrenos menores.
Para a prefeitura, a ZER 3 poderá ser uma solução para as ruas que abrigam casarões que foram abandonados pelos moradores, mas permaneceram com características residenciais. "É uma forma de reciclar os casarões, reformando-os e dividindo em casas menores", diz Maglio.
"Mesmo assim, as três hipóteses são flexíveis, podendo ser ajustadas de acordo com cada caso", afirma o urbanista.


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