|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Para defesa de funcionário, é tudo especulação
DA SUCURSAL DO RIO
Weber Teixeira Neto, advogado do funcionário afastado
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Hélio Garcia Ortiz, disse não serem verdadeiras as informações da Polícia
Civil do Distrito Federal que
apontam para um provável envolvimento do seu cliente com
facções criminosas do Rio de
Janeiro e de São Paulo.
"Desconheço essas conversas
[entre Ortiz e representantes
do PCC e do CV]. É tudo especulação. Tem muita coisa sendo falada que não é verdade",
afirmou o advogado.
Teixeira Neto disse que não
tem nada a falar a respeito do
assunto porque, de acordo com
ele, se as conversas existirem,
ainda não foram anexadas ao
processo. "Só falo a respeito do
que está no processo."
O advogado ressaltou que
não existe nenhuma prova material contra o seu cliente. "Não
foi pego nenhum gabarito com
ele", declarou Teixeira Neto,
que afirmou, no entanto, que
Ortiz já admitiu ter tentado
fraudar alguns concursos.
Teixeira Neto disse que Ortiz
foi suspenso do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e
responde a processo administrativo. Segundo ele, Ortiz está
em casa. Ele afirmou que a Justiça Federal poderá pedir a prisão dele a qualquer momento.
Depoimentos
Preso pela Polícia Federal em
maio durante a Operação Galileu, Ortiz confirmou em depoimentos participação em fraudes de concurso e até em vestibulares de instituições particulares de ensino superior. Por
conta disso, cinco concursos
públicos foram adiados para
que fossem investigados.
Ortiz, de acordo com o delegado Ferro que participou da
Operação Galileu, confirmou
ter fraudado justamente um
concurso para agente penitenciário. Ortiz prestou o concurso de fiscal tributário de Mato
Grosso, realizado em 2002, sendo aprovado. Seu nome está
entre os 38 convocados para
assumir o cargo.
Durante a Operação Galileu,
também foram presas a mulher
e a filha de Ortiz. Elas, assim como os outros detidos, foram liberadas.
(MHM)
Texto Anterior: Crime organizado: PCC tentou fraudar concurso para policial Próximo Texto: Correio aéreo: Pipa levava celular para penitenciária Índice
|