São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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OUTRO LADO

Para defesa de funcionário, é tudo especulação

DA SUCURSAL DO RIO

Weber Teixeira Neto, advogado do funcionário afastado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal Hélio Garcia Ortiz, disse não serem verdadeiras as informações da Polícia Civil do Distrito Federal que apontam para um provável envolvimento do seu cliente com facções criminosas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
"Desconheço essas conversas [entre Ortiz e representantes do PCC e do CV]. É tudo especulação. Tem muita coisa sendo falada que não é verdade", afirmou o advogado.
Teixeira Neto disse que não tem nada a falar a respeito do assunto porque, de acordo com ele, se as conversas existirem, ainda não foram anexadas ao processo. "Só falo a respeito do que está no processo."
O advogado ressaltou que não existe nenhuma prova material contra o seu cliente. "Não foi pego nenhum gabarito com ele", declarou Teixeira Neto, que afirmou, no entanto, que Ortiz já admitiu ter tentado fraudar alguns concursos.
Teixeira Neto disse que Ortiz foi suspenso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e responde a processo administrativo. Segundo ele, Ortiz está em casa. Ele afirmou que a Justiça Federal poderá pedir a prisão dele a qualquer momento.

Depoimentos
Preso pela Polícia Federal em maio durante a Operação Galileu, Ortiz confirmou em depoimentos participação em fraudes de concurso e até em vestibulares de instituições particulares de ensino superior. Por conta disso, cinco concursos públicos foram adiados para que fossem investigados.
Ortiz, de acordo com o delegado Ferro que participou da Operação Galileu, confirmou ter fraudado justamente um concurso para agente penitenciário. Ortiz prestou o concurso de fiscal tributário de Mato Grosso, realizado em 2002, sendo aprovado. Seu nome está entre os 38 convocados para assumir o cargo.
Durante a Operação Galileu, também foram presas a mulher e a filha de Ortiz. Elas, assim como os outros detidos, foram liberadas.
(MHM)


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