DA REDAÇÃO

Em dezembro de 1998, um esquema semelhante ao que levou ontem funcionários da Subprefeitura da Mooca à prisão, envolvendo cobrança de propinas por parte de fiscais, atingiu a gestão do então prefeito de São Paulo, Celso Pitta (1997-2000).
A máfia dos fiscais, encabeçada por vereadores, começou a ser desbaratada naquele ano após a prisão em flagrante do chefe da equipe de fiscalização de Pinheiros enquanto ele extorquia R$ 30 mil de uma professora. As investigações levaram à descoberta de um grupo que atuava na Lapa (zona oeste).
Os fiscais da prefeitura foram acusados de exigir de R$ 700 a R$ 1.000 para liberar o trabalho de camelôs. O esquema teria movimentado cerca de R$ 436 milhões.
Na época, foram indiciadas mais de cem pessoas. Acabaram presos os ex-vereadores Vicente Viscome, Hanna Garib e Maria Helena Fontes. Condenado a 16 anos, Viscome cumpriu parte da pena, que foi extinta pela Justiça em 2007.
Em abril deste ano, o ex-vereador José Izar foi condenado a oito anos de prisão por comandar o esquema de corrupção, mas foi solto após conseguir habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Em 2003, a ex-vereadora Maeli Vergniano também foi condenada a dois anos e seis meses de prisão, mas teve a pena convertida à prestação de serviços comunitários, perda de bens e multa de R$ 3.000.


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