São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004

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Denúncia de agressão terá dupla apuração

DA REPORTAGEM LOCAL

As denúncias de agressão contra Eduardo Mateus Catarino serão apuradas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Gecep (grupo de controle externo da atividade policial).
Haverá três procedimentos: 1) perícia no prédio da Divisão Anti-Seqüestro; 2) interrogatório de todos os citados pela defesa e a acusação; 3) desarquivamento dos exames de corpo de delito feitos no preso no primeiro e no último dia de sua prisão temporária -entre 2 e 16 de agosto de 2002.
Catarino diz ter condições de reconhecer os agressores. Nominalmente, porém, na reportagem do "Jornal da Tarde" ele acusa apenas o delegado Jamil Ferreira de Medeiros, hoje no 42º DP (Pq. São Lucas).
Medeiros segue no cargo e não comentou o caso por orientação da Secretaria da Segurança Pública. Ele foi criado no mesmo bairro que Catarino -Itaquera- e ambos se conhecem desde pequenos.
Para os colegas do policial, o episódio tem ingredientes de "amor e ciúmes". No recurso da defesa do ex-motorista há uma carta de uma namorada dele na qual ela afirma ter sido forçada a manter relações sexuais com o delegado, já após a prisão de Catarino, sob ameaça de ser incriminada.
O Ministério Público já se manifestou sobre o pedido de anulação do julgamento de Catarino e foi contrário à medida.
Em 24 de maio, o promotor Geraldo Luís Wohlers Silveira sugere a apuração da possível tortura, mas sustenta a culpa de Catarino e questiona se o homem que aparece nas fotos é ele. "Permanecem ignorados a origem das chocantes imagens, o modo pelo qual teriam chegado às mãos do advogado, a data em que foram registradas, o local em que foram feitas e a identidade da pessoa humilhada." (SC e VR)


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