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Denúncia de
agressão terá
dupla apuração
DA REPORTAGEM LOCAL
As denúncias de agressão
contra Eduardo Mateus Catarino serão apuradas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo
Gecep (grupo de controle externo da atividade policial).
Haverá três procedimentos:
1) perícia no prédio da Divisão
Anti-Seqüestro; 2) interrogatório de todos os citados pela defesa e a acusação; 3) desarquivamento dos exames de corpo
de delito feitos no preso no primeiro e no último dia de sua
prisão temporária -entre 2 e
16 de agosto de 2002.
Catarino diz ter condições de
reconhecer os agressores. Nominalmente, porém, na reportagem do "Jornal da Tarde" ele
acusa apenas o delegado Jamil
Ferreira de Medeiros, hoje no
42º DP (Pq. São Lucas).
Medeiros segue no cargo e
não comentou o caso por
orientação da Secretaria da Segurança Pública. Ele foi criado
no mesmo bairro que Catarino
-Itaquera- e ambos se conhecem desde pequenos.
Para os colegas do policial, o
episódio tem ingredientes de
"amor e ciúmes". No recurso
da defesa do ex-motorista há
uma carta de uma namorada
dele na qual ela afirma ter sido
forçada a manter relações sexuais com o delegado, já após a
prisão de Catarino, sob ameaça
de ser incriminada.
O Ministério Público já se
manifestou sobre o pedido de
anulação do julgamento de Catarino e foi contrário à medida.
Em 24 de maio, o promotor
Geraldo Luís Wohlers Silveira
sugere a apuração da possível
tortura, mas sustenta a culpa de
Catarino e questiona se o homem que aparece nas fotos é
ele. "Permanecem ignorados a
origem das chocantes imagens,
o modo pelo qual teriam chegado às mãos do advogado, a
data em que foram registradas,
o local em que foram feitas e a
identidade da pessoa humilhada."
(SC e VR)
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