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Agora, Jobim quer antecipar a reforma em Cumbica
Objetivo é evitar fechamento da pista principal do local em dezembro
Ministro da Defesa também anunciou que 21 vôos por hora serão transferidos para Viracopos, em Campinas,
na última fase das obras
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim, disse ontem que a reforma da maior pista do aeroporto
de Guarulhos deve ter início
imediato para evitar seu fechamento no período de pico de
passageiros, nas férias de dezembro. A afirmação foi feita
depois que ele vistoriou ontem
o aeroporto de Viracopos, em
Campinas, o de Jundiaí e o de
Cumbica, em Guarulhos.
Segundo o ministro, haverá
uma reunião amanhã entre o
Ministério da Defesa, a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil), a Infraero e o brigadeiro
Jorge Godinho, seu assessor,
para definir o cronograma das
obras. A reforma terá três fases.
Na primeira e na segunda serão
reformadas as cabeceiras da
pista e, por último, a parte central -quando será necessário
interromper as operações.
Diferentemente do que disse
ontem, na semana passada o
ministro afirmou que a reforma começaria em setembro e
que a pista ficaria fechada em
dezembro. Essa não foi a primeira vez que a data da reforma
foi alterada. A Anac adiou a
obra, programada para começar em 10 de julho, atendendo a
pressões das companhias aéreas. Uma ata de reunião realizada pela Anac em 13 de junho
mostra que as empresas aéreas
nacionais não queriam perder
passageiros durante as férias de
julho e o Pan do Rio.
Por outro lado, as empresas
estrangeiras reclamavam da
possibilidade de a obra se estender em dezembro, período
de maior rentabilidade.
Jobim encarregou o presidente da Infraero de verificar
"a necessidade de pessoal e material" para acabar com "gargalos absolutos" observados em
Guarulhos ontem.
"Constatou-se claramente,
nitidamente, uma absoluta necessidade de realizar o desembaraço das bagagens e também
a questão do desembaraço dos
passaportes na área do embarque internacional", disse.
Para ele, há problemas também no setor de conexão.
"Num momento de baixa densidade que é essa hora do dia [às
13h30] nós encontramos uma
fila respeitável."
Campinas e Jundiaí
Durante a suspensão dos
vôos para as obras na parte central da pista número um de
Guarulhos, 21 vôos serão transferidos por hora para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (95 km de SP).
Esse aeroporto não tem uma
reforma em sua pista principal
há mais de 20 anos. Segundo
Jobim, a reforma nas pistas
principal e de taxiamento ocorrerá no ano que vem. O superintendente regional do Sudeste da Infraero, Edgard Brandão Júnior, disse que a pista de Viracopos apresenta as condições
de segurança necessárias para
receber o aumento de vôos.
Jobim determinou ainda
uma reforma emergencial para
aumentar a profundidade do
check-in do aeroporto, chamado por ele de "estreito". Para
resolver a questão, lojas de empresas localizadas nessa área
terão de ser remanejadas.
Já o aeroporto de Jundiaí (60
km de SP), que tem condições
de desafogar parte da aviação
geral (transporte aéreo não regular, como táxi aéreo) precisa
de uma torre de controle e de
instrumentos como GPS. A pista também é considerada curta
e precisaria ser ampliada em
300 metros.
Jobim disse que ainda não
havia um dimensionamento
dos gastos com as melhorias
nos três aeroportos.
"Mas há uma verba de R$
3,001 bilhões no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] para efeito da Infraero", afirmou o ministro.
Colaborou MÁRCIO PINHO , da Redação
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