São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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ADMINISTRAÇÃO

Estados do Nordeste pedem mais dinheiro do governo para a saúde

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Em uma carta ao Ministério da Saúde, secretários da Saúde de seis dos nove Estados do Nordeste pedem que 60% dos R$ 2 bilhões reservados pelo governo federal para a saúde sejam usados no reajuste dos valores pagos pelos procedimentos de média complexidade, e que os outros 40% sejam repassados para investimentos.
Os secretários, reunidos ontem em Fortaleza, também pediram um reajuste diferenciado dos tetos de atendimento de alta e média complexidade, para acabar com as diferenças entre os Estados do Norte e Nordeste, que recebem valores per capita abaixo da média nacional, e os do Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que recebem valores mais altos.
O maior problema da saúde no Nordeste, segundo os secretários, são os atendimentos de média complexidade, em que se enquadram procedimentos como cirurgias de hérnia e vesícula, e a retirada de nódulos de mama. Na região, dos 45,6 milhões de habitantes, 88,5% dependem da saúde pública.
"Os valores repassados pela União estão defasados e, com a falta de atendimento, esses pacientes, que poderiam receber um atendimento eletivo, acabam superlotando ainda mais as emergências", disse o secretário da Saúde do Rio Grande do Norte, Adelmaro Cavalcanti.
O presidente do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), Osmar Terra, que é secretário da Saúde do Rio Grande do Sul, defende que os reajustes para média e alta complexidade têm de ser proporcionalmente maiores nas regiões mais pobres, que já recebem menos. "Sem esse reajuste, como é que essas regiões poderão investir e melhorar o atendimento da demanda?", questiona.
(KAMILA FERNANDES)


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