|
Texto Anterior | Índice
ADMINISTRAÇÃO
Estados do Nordeste pedem mais dinheiro do governo para a saúde
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Em uma carta ao Ministério da Saúde, secretários da
Saúde de seis dos nove Estados do Nordeste pedem que
60% dos R$ 2 bilhões reservados pelo governo federal
para a saúde sejam usados no
reajuste dos valores pagos
pelos procedimentos de média complexidade, e que os
outros 40% sejam repassados para investimentos.
Os secretários, reunidos
ontem em Fortaleza, também pediram um reajuste diferenciado dos tetos de atendimento de alta e média
complexidade, para acabar
com as diferenças entre os
Estados do Norte e Nordeste,
que recebem valores per capita abaixo da média nacional, e os do Sudeste, Sul e
Centro-Oeste, que recebem
valores mais altos.
O maior problema da saúde no Nordeste, segundo os
secretários, são os atendimentos de média complexidade, em que se enquadram
procedimentos como cirurgias de hérnia e vesícula, e a
retirada de nódulos de mama. Na região, dos 45,6 milhões de habitantes, 88,5%
dependem da saúde pública.
"Os valores repassados pela União estão defasados e,
com a falta de atendimento,
esses pacientes, que poderiam receber um atendimento eletivo, acabam superlotando ainda mais as emergências", disse o secretário
da Saúde do Rio Grande do
Norte, Adelmaro Cavalcanti.
O presidente do Conass
(Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), Osmar
Terra, que é secretário da
Saúde do Rio Grande do Sul,
defende que os reajustes para média e alta complexidade
têm de ser proporcionalmente maiores nas regiões
mais pobres, que já recebem
menos. "Sem esse reajuste,
como é que essas regiões poderão investir e melhorar o
atendimento da demanda?",
questiona.
(KAMILA FERNANDES)
Texto Anterior: Suspeito de traficar ecstasy é inocente, diz família Índice
|