São Paulo, quarta-feira, 12 de setembro de 2007

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Suspeito de traficar ecstasy é inocente, diz família

FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SUMARÉ (SP)

Os pais do estudante Handerson Cleiton Hancem, 21, apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de ecstasy de São Paulo, dizem que o filho e que ele é inocente. A família afirma que paga a universidade cursada pelo rapaz e as prestações de uma moto, que, segundo eles, é a única posse do suspeito, preso na semana passada. O advogado deles fala que Hancem estava "na hora errada e no lugar errado" quando foi detido.
Hancem foi preso em flagrante com outras duas pessoas em uma rodovia em Salto (105 km a noroeste de SP) em 3 de setembro. Com eles, foram apreendidas 500 pílulas de ecstasy. Após três meses de investigações, a Polícia Civil afirma que o estudante comercializava até 20 mil comprimidos da droga por mês. Uma suposta ligação entre ele e um grupo de libaneses suspeito de tráfico é investigada.
A mãe do rapaz, a cabeleireira Solange Hancem, 42, diz que o filho sempre morou na casa de dois quartos e com paredes sem reboco da família em um bairro de classe média de Sumaré (120 km a noroeste de SP). Os pais e um avô, que têm renda mensal de R$ 3.000, o ajudavam a pagar o curso de educação física em uma unidade da Unip (Universidade Paulista) em Campinas. Segundo os pais, Hancem estava desempregado e esporadicamente ganhava dinheiro promovendo festas na região.
Também fazia bicos ajudando um parente que é pintor. A família nega que ele tenha ido para a Espanha para fazer contatos com traficantes, como foi divulgado pela Polícia Civil. Os pais dizem que ele viajou a Portugal há dois anos para uma temporada de trabalho, mas não conseguiu emprego e voltou ao Brasil. O pai, que é aposentado, conta que fez empréstimos para pagar a viagem.
O advogado do estudante, Janim da Costa, afirma que os comprimidos estavam com os dois amigos de Hancem presos no mesmo local. Os três permanecem no Centro de Detenção Provisória em Sorocaba (SP).


Colaborou RICARDO SANGIOVANNI


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