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Suspeito de traficar ecstasy é inocente, diz família
FELIPE BÄCHTOLD
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SUMARÉ (SP)
Os pais do estudante Handerson Cleiton Hancem, 21,
apontado pela polícia como um
dos maiores traficantes de ecstasy de São Paulo, dizem que o
filho e que ele é inocente.
A família afirma que paga a
universidade cursada pelo rapaz e as prestações de uma moto, que, segundo eles, é a única
posse do suspeito, preso na semana passada. O advogado deles fala que Hancem estava "na
hora errada e no lugar errado"
quando foi detido.
Hancem foi preso em flagrante com outras duas pessoas
em uma rodovia em Salto (105
km a noroeste de SP) em 3 de
setembro. Com eles, foram
apreendidas 500 pílulas de ecstasy. Após três meses de investigações, a Polícia Civil afirma
que o estudante comercializava
até 20 mil comprimidos da droga por mês. Uma suposta ligação entre ele e um grupo de libaneses suspeito de tráfico é investigada.
A mãe do rapaz, a cabeleireira Solange Hancem, 42, diz que
o filho sempre morou na casa
de dois quartos e com paredes
sem reboco da família em um
bairro de classe média de Sumaré (120 km a noroeste de
SP). Os pais e um avô, que têm
renda mensal de R$ 3.000, o
ajudavam a pagar o curso de
educação física em uma unidade da Unip (Universidade Paulista) em Campinas.
Segundo os pais, Hancem estava desempregado e esporadicamente ganhava dinheiro promovendo festas na região.
Também fazia bicos ajudando
um parente que é pintor.
A família nega que ele tenha
ido para a Espanha para fazer
contatos com traficantes, como
foi divulgado pela Polícia Civil.
Os pais dizem que ele viajou a
Portugal há dois anos para uma
temporada de trabalho, mas
não conseguiu emprego e voltou ao Brasil. O pai, que é aposentado, conta que fez empréstimos para pagar a viagem.
O advogado do estudante, Janim da Costa, afirma que os
comprimidos estavam com os
dois amigos de Hancem presos
no mesmo local. Os três permanecem no Centro de Detenção
Provisória em Sorocaba (SP).
Colaborou RICARDO SANGIOVANNI
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