São Paulo, domingo, 12 de outubro de 2008

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Vítima de derrame integra perfil de doador

DA AGÊNCIA FOLHA

Homem, na faixa dos 18 aos 40 anos, vítima de acidente vascular cerebral (derrame) e com tipo sangüíneo O. Esse é o perfil médio do doador de órgãos no Brasil, traçado pela primeira vez pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).
Os dados mostram que 334 dos 565 doadores pesquisados (ou 59%) eram homens. O Pará é o único Estado com mais mulheres doadoras: 3 contra 2.
A faixa dos 18 aos 40 anos é a mais verificada (42% dos casos). Os que têm entre 41 e 60 anos, no entanto, vêm atrás (41%).
Para Valter Duro Garcia, presidente da ABTO, o dado mostra que a captação de órgãos entre pessoas mais velhas, vítimas potenciais de derrame, vem se tornando mais comum.
Tradicionalmente, diz, os doadores no Brasil eram homens e jovens, até 35 anos, vítimas de traumatismos em mortes violentas, como acidentes de trânsito ou homicídios.
A tendência, com as medidas de controle existentes hoje, como a lei seca, é que a faixa de jovens seja cada vez menor. "É preciso se preparar para procurar [doadores] em hospitais que não são de trauma."
Referência, o RS teve, neste ano, 41 doadores maiores de 41 anos entre os 72 doadores. Hoje, as razões de morte quase se dividem: 43% foram vítimas de acidente vascular cerebral, enquanto 39% morreram de traumatismo crânio-encefálico.
O tipo sangüíneo mais freqüente foi o O, considerado o "doador universal": 49% dos casos.
(THIAGO REIS e MATHEUS PICHONELLI)



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