|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vítima de derrame integra perfil de doador
DA AGÊNCIA FOLHA
Homem, na faixa dos 18
aos 40 anos, vítima de acidente vascular cerebral
(derrame) e com tipo sangüíneo O. Esse é o perfil
médio do doador de órgãos no Brasil, traçado pela primeira vez pela ABTO
(Associação Brasileira de
Transplante de Órgãos).
Os dados mostram que
334 dos 565 doadores pesquisados (ou 59%) eram
homens. O Pará é o único
Estado com mais mulheres doadoras: 3 contra 2.
A faixa dos 18 aos 40
anos é a mais verificada
(42% dos casos). Os que
têm entre 41 e 60 anos, no
entanto, vêm atrás (41%).
Para Valter Duro Garcia,
presidente da ABTO, o dado mostra que a captação
de órgãos entre pessoas
mais velhas, vítimas potenciais de derrame, vem
se tornando mais comum.
Tradicionalmente, diz,
os doadores no Brasil
eram homens e jovens, até
35 anos, vítimas de traumatismos em mortes violentas, como acidentes de
trânsito ou homicídios.
A tendência, com as medidas de controle existentes hoje, como a lei seca, é
que a faixa de jovens seja
cada vez menor. "É preciso
se preparar para procurar
[doadores] em hospitais
que não são de trauma."
Referência, o RS teve,
neste ano, 41 doadores
maiores de 41 anos entre
os 72 doadores. Hoje, as
razões de morte quase se
dividem: 43% foram vítimas de acidente vascular
cerebral, enquanto 39%
morreram de traumatismo crânio-encefálico.
O tipo sangüíneo mais
freqüente foi o O, considerado o "doador universal":
49% dos casos.
(THIAGO REIS e MATHEUS PICHONELLI)
Texto Anterior: Captação de órgãos atinge melhor marca em 10 anos Próximo Texto: Mortes Índice
|