São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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SHIRLEY BRANCA FRIGUGLIETTI STOPIGLIA (1926 - 2010)

Todos a conheciam como Léa

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Poucos conheciam Shirley Branca Friguglietti Stopiglia pelo nome verdadeiro. Quando criança, a avó a chamava de Shirléa, de brincadeira. E assim ela ficou sendo a Léa.
Gostava tanto do apelido que, quando teve uma filha, não teve dúvidas sobre qual nome dar à menina.
Nascida em São Paulo e filha de um dono de uma banca de queijos no Mercado Municipal da cidade, ela queria fazer curso de farmácia, por influência do irmão, professor de neurologia da Escola Paulista de Medicina.
Mas acabou se casando e foi se dedicar à família. O marido, Angelo Vincenzo, era médico-veterinário, professor livre-docente da USP e patrono da Academia Paulista de Medicina Veterinária.
Léa ajudou então a fundar a Associação das Senhoras dos Médicos Veterinários de SP, da qual foi tesoureira.
Aos 38 anos, porém, ficou viúva. O marido, então com 40 anos, morreu em decorrência de um câncer de rim.
Apesar da perda, sempre se manteve forte e bem-humorada. O sobrinho até perguntava: "A tia Léa nunca chora, nunca fica triste?".
Era apaixonada pela praia do Gonzaga, em Santos, no litoral paulista, e praticava natação diariamente -só parou há três anos, devido a problemas de saúde.
Mantinha-se firme para realizar um desejo: ver a neta, Sara, sua xodó, formar-se e casar-se, no ano passado. Conseguiu ver os dois.
Morreu em 12 de setembro, aos 84, de falência de órgãos. Teve dois filhos e uma neta.
A missa de 30º dia será hoje, às 9h, na igreja Nossa Senhora dos Remédios, no Cambuci, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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