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SHIRLEY BRANCA FRIGUGLIETTI STOPIGLIA
(1926 - 2010)
Todos a conheciam como Léa
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Poucos conheciam Shirley
Branca Friguglietti Stopiglia
pelo nome verdadeiro. Quando criança, a avó a chamava
de Shirléa, de brincadeira. E
assim ela ficou sendo a Léa.
Gostava tanto do apelido
que, quando teve uma filha,
não teve dúvidas sobre qual
nome dar à menina.
Nascida em São Paulo e filha de um dono de uma banca de queijos no Mercado
Municipal da cidade, ela
queria fazer curso de farmácia, por influência do irmão,
professor de neurologia da
Escola Paulista de Medicina.
Mas acabou se casando e
foi se dedicar à família. O marido, Angelo Vincenzo, era
médico-veterinário, professor livre-docente da USP e
patrono da Academia Paulista de Medicina Veterinária.
Léa ajudou então a fundar
a Associação das Senhoras
dos Médicos Veterinários de
SP, da qual foi tesoureira.
Aos 38 anos, porém, ficou
viúva. O marido, então com
40 anos, morreu em decorrência de um câncer de rim.
Apesar da perda, sempre
se manteve forte e bem-humorada. O sobrinho até perguntava: "A tia Léa nunca
chora, nunca fica triste?".
Era apaixonada pela praia
do Gonzaga, em Santos, no
litoral paulista, e praticava
natação diariamente -só parou há três anos, devido a
problemas de saúde.
Mantinha-se firme para
realizar um desejo: ver a neta, Sara, sua xodó, formar-se
e casar-se, no ano passado.
Conseguiu ver os dois.
Morreu em 12 de setembro,
aos 84, de falência de órgãos.
Teve dois filhos e uma neta.
A missa de 30º dia será hoje, às 9h, na igreja Nossa Senhora dos Remédios, no
Cambuci, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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