São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010

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Portugal prende brasileiros com 1,7 tonelada de cocaína

Carregamento de droga foi apreendido em contêineres perto de Lisboa

Segundo a polícia portuguesa, essa foi a maior apreensão de drogas feita naquele país nos últimos anos

AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO

Cinco brasileiros suspeitos de traficar 1,7 tonelada de cocaína foram presos em Portugal. Essa foi a maior apreensão de drogas naquele país nos últimos anos, segundo a Polícia Judiciária portuguesa, que investigava o grupo havia seis meses.
Os detidos, conforme anúncio feito ontem pela polícia, são quatro empresários e um investigador da Polícia Civil brasileira. Os nomes e o local de residência deles não foram revelados. Eles têm entre 21 e 49 anos de idade.
Uma autoridade portuguesa informou à Folha que a maioria dos suspeitos vivia em Portugal. De acordo com essa fonte, a droga partiu para a Europa de um porto da região Nordeste do Brasil.
Procurada na tarde de ontem, a Polícia Judiciária não foi localizada para detalhar como ocorreram as prisões e de que maneira chegaram na suposta quadrilha.
Em um comunicado em seu site, a instituição informou que o carregamento chegou à Europa por via marítima, em dez contêineres que desembarcaram no porto de Leixões, um dos mais importantes de Portugal.
De lá, a droga foi levada por rodovias, por cerca de 350 km, para um armazém na zona industrial de Montijo, ao sul da capital Lisboa. Nesse local, de propriedade dos brasileiros, conforme a polícia, os envolvidos foram presos em flagrante.

REDE INTERNACIONAL
A cocaína estava escondida em um carregamento de placas de gesso.
Além da droga, os policiais portugueses apreenderam com o grupo dois veículos, 30 mil em dinheiro e documentos que serão analisados pelos investigadores.
A operação, batizada de Nuvem Branca, teve o apoio de autoridades brasileiras e da Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, órgão vinculado ao Ministério das Finanças português.
Para a polícia, os suspeitos integram uma rede internacional de tráfico de drogas com um modo de operação que até então não tinha sido detectado em Portugal.

COMPLEXIDADE
De acordo com o comunicado das autoridades portuguesas, o volume apreendido "demonstra uma capacidade financeira e complexidade muito relevantes".
Ontem, a Justiça portuguesa já tinha decretado a prisão preventiva do grupo. Caso a decisão não seja revertida, os brasileiros podem ficar até um ano presos antes de serem julgados em definitivo.
Procurada na tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília não soube informar de que maneira os policiais brasileiros colaboraram com as investigações de Portugal.


Com agências internacionais


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