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Portugal prende brasileiros com 1,7 tonelada de cocaína
Carregamento de droga foi apreendido em contêineres perto de Lisboa
Segundo a polícia portuguesa, essa foi a maior apreensão de drogas feita naquele país nos últimos anos
AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
Cinco brasileiros suspeitos
de traficar 1,7 tonelada de cocaína foram presos em Portugal. Essa foi a maior apreensão de drogas naquele país
nos últimos anos, segundo a
Polícia Judiciária portuguesa, que investigava o grupo
havia seis meses.
Os detidos, conforme
anúncio feito ontem pela polícia, são quatro empresários
e um investigador da Polícia
Civil brasileira. Os nomes e o
local de residência deles não
foram revelados. Eles têm entre 21 e 49 anos de idade.
Uma autoridade portuguesa informou à Folha que a
maioria dos suspeitos vivia
em Portugal. De acordo com
essa fonte, a droga partiu para a Europa de um porto da
região Nordeste do Brasil.
Procurada na tarde de ontem, a Polícia Judiciária não
foi localizada para detalhar
como ocorreram as prisões e
de que maneira chegaram na
suposta quadrilha.
Em um comunicado em
seu site, a instituição informou que o carregamento
chegou à Europa por via marítima, em dez contêineres
que desembarcaram no porto de Leixões, um dos mais
importantes de Portugal.
De lá, a droga foi levada
por rodovias, por cerca de
350 km, para um armazém
na zona industrial de Montijo, ao sul da capital Lisboa.
Nesse local, de propriedade
dos brasileiros, conforme a
polícia, os envolvidos foram
presos em flagrante.
REDE INTERNACIONAL
A cocaína estava escondida em um carregamento de
placas de gesso.
Além da droga, os policiais
portugueses apreenderam
com o grupo dois veículos,
30 mil em dinheiro e documentos que serão analisados
pelos investigadores.
A operação, batizada de
Nuvem Branca, teve o apoio
de autoridades brasileiras e
da Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo, órgão
vinculado ao Ministério das
Finanças português.
Para a polícia, os suspeitos
integram uma rede internacional de tráfico de drogas
com um modo de operação
que até então não tinha sido
detectado em Portugal.
COMPLEXIDADE
De acordo com o comunicado das autoridades portuguesas, o volume apreendido "demonstra uma capacidade financeira e complexidade muito relevantes".
Ontem, a Justiça portuguesa já tinha decretado a prisão
preventiva do grupo. Caso a
decisão não seja revertida, os
brasileiros podem ficar até
um ano presos antes de serem julgados em definitivo.
Procurada na tarde de ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília não soube informar de
que maneira os policiais brasileiros colaboraram com as
investigações de Portugal.
Com agências internacionais
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