São Paulo, quinta-feira, 12 de dezembro de 2002

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INFÂNCIA

Relatório mostra que o Brasil está no 92º posto

País melhora posição em ranking do Unicef de mortalidade na infância

IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil melhorou sua posição no ranking mundial de bem-estar da criança em relação ao último levantamento divulgado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 2001: passou do 89º para o 92º posto na taxa de mortalidade de menores de cinco anos. Isso significa que há 91 países em situação pior.
O Unicef usa há 20 anos a taxa de mortalidade até os cinco anos como indicador do desenvolvimento. Há 40 anos, essa comparação entre os países era feita usando só índices econômicos.
O ranking tem 193 países. Quanto maior a taxa, menor a pontuação. No Brasil, 36 de cada mil nascidos vivos morrem antes dos cinco anos. Cuba é o país latino-americano com melhor pontuação, com nove mortes para cada mil nascimentos. A Suécia ocupa o melhor lugar da lista, com apenas três mortes para mil nascidos vivos, e Serra Leoa, o pior, com 316 óbitos.
O relatório "Situação Mundial da Infância 2003", divulgado ontem, mostra que praticamente todos os países reduziram a mortalidade infantil nos últimos 40 anos. Segundo a representante do Unicef no Brasil, Reiko Niimi, um dos motivos é um maior acesso a "tecnologias de baixo custo", como vacinas e o soro caseiro.

Alistamento
O número de jovens de 16 e 17 anos que se alistam na Justiça eleitoral é maior em Estados onde a escolaridade é menor, quando se compara a média do país, segundo o relatório "Situação da Adolescência Brasileira", do Unicef.
O Estado que possui o maior número de jovens eleitores é Mato Grosso, onde 70,8% dos adolescentes de 16 e 17 anos possuem título -no Brasil são 44%. Os demais indicadores mostram que o Estado está atrás da média nacional em matrículas no ensino médio dos que têm de 15 a 17 anos. Enquanto no Brasil a taxa é de 33,3%, em Mato Grosso é 29%.
A história se repete no Tocantins, 6,8% dos jovens de 14 e 15 anos concluíram o ensino fundamental, contra 11,5% da média nacional, e 69,7% de jovens se alistaram como eleitores.
No Distrito Federal, que possui 44,5% de jovens de 14 e 15 anos no ensino médio e 97,1% dos adolescentes na escola, apenas 13,6% dos adolescentes em idade prevista são eleitores. É o menor índice nacional.
No Rio de Janeiro, 25,4% dos adolescentes de 16 e 17 anos têm título de eleitor. Por outro lado, 10,9% daqueles que têm 14 e 15 anos concluíram o ensino fundamental, enquanto a média no país é de 11,5%.


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