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INFÂNCIA
Relatório mostra que o Brasil está no 92º posto
País melhora posição em ranking do Unicef de mortalidade na infância
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil melhorou sua posição
no ranking mundial de bem-estar
da criança em relação ao último
levantamento divulgado pelo
Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 2001: passou do 89º para o 92º posto na taxa de mortalidade de menores de
cinco anos. Isso significa que há
91 países em situação pior.
O Unicef usa há 20 anos a taxa
de mortalidade até os cinco anos
como indicador do desenvolvimento. Há 40 anos, essa comparação entre os países era feita
usando só índices econômicos.
O ranking tem 193 países.
Quanto maior a taxa, menor a
pontuação. No Brasil, 36 de cada
mil nascidos vivos morrem antes
dos cinco anos. Cuba é o país latino-americano com melhor pontuação, com nove mortes para cada mil nascimentos. A Suécia
ocupa o melhor lugar da lista,
com apenas três mortes para mil
nascidos vivos, e Serra Leoa, o
pior, com 316 óbitos.
O relatório "Situação Mundial
da Infância 2003", divulgado ontem, mostra que praticamente todos os países reduziram a mortalidade infantil nos últimos 40
anos. Segundo a representante do
Unicef no Brasil, Reiko Niimi, um
dos motivos é um maior acesso a
"tecnologias de baixo custo", como vacinas e o soro caseiro.
Alistamento
O número de jovens de 16 e 17
anos que se alistam na Justiça eleitoral é maior em Estados onde a
escolaridade é menor, quando se
compara a média do país, segundo o relatório "Situação da Adolescência Brasileira", do Unicef.
O Estado que possui o maior
número de jovens eleitores é Mato Grosso, onde 70,8% dos adolescentes de 16 e 17 anos possuem
título -no Brasil são 44%. Os demais indicadores mostram que o
Estado está atrás da média nacional em matrículas no ensino médio dos que têm de 15 a 17 anos.
Enquanto no Brasil a taxa é de
33,3%, em Mato Grosso é 29%.
A história se repete no Tocantins, 6,8% dos jovens de 14 e 15
anos concluíram o ensino fundamental, contra 11,5% da média
nacional, e 69,7% de jovens se
alistaram como eleitores.
No Distrito Federal, que possui
44,5% de jovens de 14 e 15 anos no
ensino médio e 97,1% dos adolescentes na escola, apenas 13,6%
dos adolescentes em idade prevista são eleitores. É o menor índice
nacional.
No Rio de Janeiro, 25,4% dos
adolescentes de 16 e 17 anos têm
título de eleitor. Por outro lado,
10,9% daqueles que têm 14 e 15
anos concluíram o ensino fundamental, enquanto a média no país
é de 11,5%.
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