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memória
Envolvimento com milícias já afastou 60 PMs
DA SUCURSAL DO RIO
Mais de 80 pessoas já foram presas sob suspeita de
envolvimento com as milícias, que dominam 171 regiões em todo o Estado. As
informações são da Secretaria de Segurança, que informa já ter afastado 60
policiais militares pelo
mesmo motivo.
As investigações e operações policiais priorizam
determinadas regiões no
município. Os quatro
principais alvos são as favelas Kelson's (Olaria), na
zona norte, Carobinha
(Campo Grande), Rio das
Pedras (Recreio) e Batan
(Realengo), todas na região norte da cidade.
Em Campo Grande, a
polícia afirma ter desarticulado uma das principais
milícias da capital, que se
autodenomina Liga da
Justiça. Desde dezembro
já foram presos cerca de
40 integrantes da quadrilha, responsáveis, de acordo com a polícia, por quase
cem mortes no bairro ao
longo de oito anos.
Integram o grupo paramilitar, ainda segundo a
polícia, um deputado, um
vereador e uma vereadora
eleita. Todos negam as
acusações.
Uma CPI foi aberta para
investigar a participação
de políticos e agentes do
Estado (bombeiro, policiais civis e militares) nos
grupos paramilitares. O
relatório final, ainda não
aprovado pelo plenário da
Assembléia Legislativa,
sugeriu o indiciamento de
226 pessoas.
Entre elas estão Álvaro
Lins, ex-chefe da Polícia
Civil e deputado estadual
cassado, 67 PMs, oito policiais civis, três bombeiros,
dois agentes penitenciários e dois cabos das Forças Armadas.
As milícias são formadas
por agentes do Estado que
extorquem dinheiro de
moradores em troca de suposta segurança, oferecida
na área de atuação. Eles
instauram um tribunal paralelo em que julgam e punem os delitos cometidos
nas regiões em que atuam.
Usuários de drogas reincidentes são expulsos de
casa ou até mortos por integrantes destes grupos.
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