São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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RS alerta para risco de febre amarela em 87 cidades

87 macacos podem ter morrido com a doença no Estado; vacinação é obrigatória

Oito casos da doença em macacos foram confirmados e 79 são apurados; moradores da região noroeste e turistas têm que tomar a vacina

GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Mortes de macacos registradas no noroeste do Rio Grande do Sul provocaram a ampliação da zona considerada de risco de contágio de febre amarela e a intensificação da vacinação em 87 cidades gaúchas.
A vacina deve ser tomada por quem mora em áreas de risco ou irá viajar para um dos municípios em alerta -dez dias antes. Os sintomas da doença são febre, dor no corpo e pele amarelada (veja quadro).
Nos últimos dois meses, 87 macacos da espécie bugio foram encontrados mortos em matas de 22 cidades gaúchas. Em oito casos já houve a confirmação laboratorial da febre amarela como causa da morte. Os demais são investigados.
As autoridades sanitárias afirmam que a contaminação dos primatas pela febre amarela indica a existência de carga viral elevada e costuma preceder surtos em pessoas.
"Hoje, [essa] é a região do país com maior risco por causa do elevado número de bugios mortos", disse o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra.
"Por enquanto, é uma febre amarela silvestre. O risco é a população que mora perto do mato ser contaminada", disse.
O último caso de febre amarela em humanos registrado no Estado foi em 1966. Entretanto, desde 2001 uma região abrangida por 52 cidades, onde vivem 545 mil pessoas, é considerada área de risco depois que macacos começaram a morrer. Nessa região, o índice de cobertura da vacina é próximo de 100%, segundo a secretaria.
A preocupação com um surto recai sobre os 35 municípios que não integravam a zona de risco, mas também registraram mortes de macacos nas últimas semanas-entre eles Cruz Alta, Ijuí e Santo Ângelo. Nesta área, vivem 485 mil pessoas e só 80 mil estão imunizadas, segundo a secretaria.


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