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RS alerta para risco de febre amarela em 87 cidades
87 macacos podem ter morrido com a doença no Estado; vacinação é obrigatória
Oito casos da doença em macacos foram confirmados e 79 são apurados; moradores da região noroeste e turistas têm que tomar a vacina
GRACILIANO ROCHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Mortes de macacos registradas no noroeste do Rio Grande
do Sul provocaram a ampliação
da zona considerada de risco de
contágio de febre amarela e a
intensificação da vacinação em
87 cidades gaúchas.
A vacina deve ser tomada por
quem mora em áreas de risco
ou irá viajar para um dos municípios em alerta -dez dias antes. Os sintomas da doença são
febre, dor no corpo e pele amarelada (veja quadro).
Nos últimos dois meses, 87
macacos da espécie bugio foram encontrados mortos em
matas de 22 cidades gaúchas.
Em oito casos já houve a confirmação laboratorial da febre
amarela como causa da morte.
Os demais são investigados.
As autoridades sanitárias
afirmam que a contaminação
dos primatas pela febre amarela indica a existência de carga
viral elevada e costuma preceder surtos em pessoas.
"Hoje, [essa] é a região do
país com maior risco por causa
do elevado número de bugios
mortos", disse o secretário estadual da Saúde, Osmar Terra.
"Por enquanto, é uma febre
amarela silvestre. O risco é a
população que mora perto do
mato ser contaminada", disse.
O último caso de febre amarela em humanos registrado no
Estado foi em 1966. Entretanto, desde 2001 uma região
abrangida por 52 cidades, onde
vivem 545 mil pessoas, é considerada área de risco depois que
macacos começaram a morrer.
Nessa região, o índice de cobertura da vacina é próximo de
100%, segundo a secretaria.
A preocupação com um surto
recai sobre os 35 municípios
que não integravam a zona de
risco, mas também registraram
mortes de macacos nas últimas
semanas-entre eles Cruz Alta,
Ijuí e Santo Ângelo. Nesta área,
vivem 485 mil pessoas e só 80
mil estão imunizadas, segundo
a secretaria.
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