Acidente aconteceu ontem no Grajaú, zona sul de São Paulo; o mercado e 3 casas ruíram e 3 imóveis foram interditados

Corpo de Bombeiros suspeita que um vazamento de gás tenha provocado o acidente; um casal está internado em estado grave

Danilo Verpa/Folha Imagem

Escombros do mercado após explosão no Grajaú, na zona sul de São Paulo, que também destruiu três casas e feriu oito pessoas

TALITA BEDINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Oito pessoas ficaram feridas -duas delas gravemente- após uma explosão em um mercado na manhã de ontem no Grajaú (zona sul de São Paulo).
O Corpo de Bombeiros suspeita que um vazamento de gás tenha provocado o acidente.
A explosão, que destruiu completamente o mercado, também pôs abaixo três casas vizinhas -outras três foram interditadas porque tiveram as paredes e muros abalados e representam risco às famílias.
Por volta das 6h30, o padeiro Etevi Inácio Caetano, 24, e a mulher dele, Simone Gercina da Silva, 21, assavam pão no subsolo do mercado quando houve a explosão. Os dois conseguiram sair dos escombros e pedir ajuda a familiares, a sete casas de distância do mercado, onde aguardaram a chegada de uma ambulância.
"A gente ficou desesperado. Todo mundo ficou abanando [o casal], porque eles falavam que [o corpo] estava ardendo muito. Eles estavam muito queimados", contou Libória Rosa da Silva, 48, irmã de Etevi.
Até o final da tarde de ontem, o casal permanecia internado no Hospital Geral de Vila Penteado em estado grave. Simone teve queimaduras em 65% do corpo. Etevi, em 55%.
No momento da explosão, o dono do mercado, Antônio da Silva, 44, uma funcionária, Rosa Maria Hoffmeister, 35, e um cliente, Geraldo Albino, 51, estavam na porta do local.
Antônio teve queimaduras de primeiro grau, mas não corre risco de morte. Com a força da explosão, Rosa e Geraldo foram arremessados para a rua. Ele teve um corte superficial na testa. Rosa sofreu uma lesão na coluna e terá que ser operada.

Vizinhos
Ana Cléia Rodrigues da Silva, 22, e o marido Ricardo Gomes, 27, dormiam em uma casa atrás do mercado e foram cobertos pelos escombros. Ambos tiveram ferimentos leves.
Na casa ao lado, Francisca Pereira da Silva, 56, também foi atingida por telhas e machucou o quadril, mas passa bem.
"É triste ver uma casa que a gente demorou anos para construir acabar assim em segundos", lamentou Flávia Camilo, 26, filha de Francisca, que também dormia na casa no momento da explosão.
Wellington Santos Silva, 20, funcionário do mercado, se atrasou para o trabalho e ouviu a explosão quando saía de casa, distante poucos quarteirões. "Foi sorte. Nesse horário, costuma ter muita gente na porta do mercado para comprar pão. Hoje estava garoando e não tinha quase ninguém", afirmou.
Até o final da tarde de ontem, a polícia ainda não havia registrado boletim de ocorrência e as causas da explosão ainda não tinham sido confirmadas. No mercado foram localizados nove botijões de gás de cozinha.


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