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Promotoria sabia de mortes em série "ao menos" desde 2007
ANDRÉ CARAMANTE
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Os quatro promotores criminais de Carapicuíba (Grande
SP) sabiam da existência de um
possível assassino em série
agindo no parque dos Paturis
"ao menos" desde agosto de
2007, mas, assim como a polícia local, tratou os "homicídios
simples" como casos isolados.
Entre julho e agosto de 2007,
cinco freqüentadores do parque foram mortos de forma parecida que, agora, a polícia investiga como sendo de autoria
do chamado "maníaco do arco-íris". Nos 12 meses seguintes,
foram mais oito assassinados.
"Não temos um protocolado
único para esses casos. A gente
vinha acompanhando as investigações da polícia", disse a promotora Cristiane Pariz, ao lado
da também promotora Juliana
Tocunduva.
Com esse "protocolado único" os promotores poderiam
reunir e cruzar informações
das 13 mortes e analisar as semelhanças dos crimes, por
exemplo. Nada disso foi feito.
Questionada sobre o motivo
de não ter solicitado até agora
exame balístico dos projéteis
extraídos dos corpos de 12 das
13 vítimas mortas (uma foi
morta a pauladas), já que sabiam da possibilidade de um
homicida, a promotora Cristiane disse: "É, não tenho uma
resposta para isso".
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella, foi procurado para comentar os métodos de atuação da
Promotoria em Carapicuíba,
mas não se manifestou.
Anteontem, o sargento reformado da PM Jairo Francisco
Franco, 46, foi preso temporariamente sob a acusação de ter
cometido um dos 13 homicídios
atribuídos ao maníaco. Ele nega a autoria do crime, ocorrido
em 19 de agosto deste ano.
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