São Paulo, sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

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Promotoria sabia de mortes em série "ao menos" desde 2007

ANDRÉ CARAMANTE
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Os quatro promotores criminais de Carapicuíba (Grande SP) sabiam da existência de um possível assassino em série agindo no parque dos Paturis "ao menos" desde agosto de 2007, mas, assim como a polícia local, tratou os "homicídios simples" como casos isolados.
Entre julho e agosto de 2007, cinco freqüentadores do parque foram mortos de forma parecida que, agora, a polícia investiga como sendo de autoria do chamado "maníaco do arco-íris". Nos 12 meses seguintes, foram mais oito assassinados.
"Não temos um protocolado único para esses casos. A gente vinha acompanhando as investigações da polícia", disse a promotora Cristiane Pariz, ao lado da também promotora Juliana Tocunduva.
Com esse "protocolado único" os promotores poderiam reunir e cruzar informações das 13 mortes e analisar as semelhanças dos crimes, por exemplo. Nada disso foi feito.
Questionada sobre o motivo de não ter solicitado até agora exame balístico dos projéteis extraídos dos corpos de 12 das 13 vítimas mortas (uma foi morta a pauladas), já que sabiam da possibilidade de um homicida, a promotora Cristiane disse: "É, não tenho uma resposta para isso".
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella, foi procurado para comentar os métodos de atuação da Promotoria em Carapicuíba, mas não se manifestou.
Anteontem, o sargento reformado da PM Jairo Francisco Franco, 46, foi preso temporariamente sob a acusação de ter cometido um dos 13 homicídios atribuídos ao maníaco. Ele nega a autoria do crime, ocorrido em 19 de agosto deste ano.


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