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25% das pessoas de baixa renda têm telefone celular
No total, 86 milhões de brasileiros têm aparelho, aumento de 53,6% em relação aos 56 milhões que tinham há quatro anos
DF, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul são campeões de uso; Maranhão, com 28% da população, e Piauí,
com 32,5%, são os piores
DA SUCURSAL DO RIO
A tríade crédito-renda-competição das empresas levou 30
milhões de brasileiros a adquirir, pela primeira vez entre
2005 e 2008, o celular para uso
pessoal. Agora, são 86 milhões
de brasileiros que têm sua linha
individual, um aumento de
53,6% em relação aos 56 milhões que tinham seus aparelhos há quatro anos.
Assim como no uso da internet, a Pnad detectou o maior
salto em termos proporcionais
entre os grupos de baixa renda.
Entre pessoas com renda familiar per capita entre zero e um
quarto de salário mínimo, 11%
tinham celular em 2005; agora,
1 em cada 4 tem o aparelhinho.
No grupo de meio a um salário mínimo, eram 32%; em
2008, passaram para 47,9%.
Como prova de que o celular
desceu na pirâmide social, em
2005, a renda dos que não tinham celular correspondia a
44,9% dos que tinham. Em
2008, caiu para 38,7%.
Domésticos
Outra mostra de como o aparelho popularizou-se: o grupo
profissional em que mais aumentou o percentual de "com
celulares" é o de serviços domésticos -de 30% para 53,7%.
"São pessoas como domésticas e diaristas que dependem
do celular para procurar trabalho", afirma Cimar Azeredo,
um dos responsáveis pela Pnad.
Outro motor da popularização é a competição entre as
operadoras, já que, na maior
parte do país, quatro disputam
cliente por cliente. Em São
Paulo, a Oi chegou há um ano,
com promoções agressivas para tirar mercado das concorrentes como a Telefônica, a
Claro e a TIM.
A empregada doméstica Valdelúcia Silva, 40, tem três telefones celular. Todos com planos pré-pagos. "Aproveito a
promoção de cada operadora.
De um número eu posso ligar
para interurbano. Do outro eu
ligo para minha irmã, que tem
um celular da mesma operadora, e do outro eu ligo para casa",
disse ela, cuja renda mensal
não ultrapassa R$ 600.
Distrito Federal, Rio Grande
do Sul e Mato Grosso do Sul são
campeões de uso de celulares,
com penetração de 75,6%,
67,7% e 63,7%, respectivamente. Recordistas do "caladão" são
Maranhão, com apenas 28% da
população com celular, Piauí
(32,5%), e Bahia (39,8%).
(SAMANTHA LIMA)
Colaborou AFONSO BENITES, da Reportagem
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