São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2001

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Renda Mínima deverá começar atendendo 20%

DA REPORTAGEM LOCAL

A dificuldade prevista pelo secretário das Finanças, João Sayad, em implantar os projetos sociais de Marta Suplicy foi traduzida em números ontem. Ele anunciou que o Renda Mínima deverá começar atendendo 20% das famílias que podem ser beneficiadas com o programa em São Paulo.
O Renda Mínima prevê complementação de renda para famílias carentes e que tenham filhos nas escola.
A estimativa inicial, da Fundação Seade, é que existe na cidade 309 mil famílias com renda familiar abaixo de três salários mínimos, limite de rendimento para se beneficiar do projeto.
Pela expectativa de Sayad, cerca de 65 mil famílias poderão ser atendidas no primeiro ano de governo de Marta. Na fase inicial, as famílias com pior situação financeira terão prioridade.
O objetivo é investir cerca de R$ 60 milhões no projeto neste ano, segundo o secretário. Antes da posse, Sayad havia dito que seria "difícil" conseguir recursos para implantar os projetos sociais de Marta no primeiro ano de governo. Ontem, ele foi mais otimista. "Dá para fazer essa força", disse.
O secretário também afirmou ontem que apenas no último ano de governo o Renda Mínima poderá conseguir atender a totalidade das famílias carentes do município de São Paulo.
Pelo plano de Sayad, o atendimento vai ser gradativo. "O objetivo com que estamos trabalhando é que o programa possa atender 20% no primeiro ano. Então seriam 20% no primeiro ano, (cerca de) 20% no segundo até a gente completar 100% neste mandato", disse.

Cadastramento
Segundo o coordenador de projetos sociais da Prefeitura de São Paulo, Márcio Pochmann, o programa deverá sair do papel ainda neste semestre.
Ele já discute a implantação do projeto com outras secretarias. Ontem, disse que a prioridade é definir o melhor local para iniciar o cadastro das famílias. (JCS)

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