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Desalojados são levados para hotéis
DA REPORTAGEM LOCAL
No início da noite de ontem, moradores desalojados
por causa do acidente nas
obras do metrô já começavam a ser transferidos para
hotéis próximos da região.
49 famílias foram conduzidas para o Golden Tower e
L'Opera -neste, a diária para um quarto simples custa
R$ 99-, na zona oeste.
Outras 30 famílias foram
para as casas de parentes ou
amigos.
As despesas, segundo a
prefeitura, serão bancadas
pelo seguro contratado pelas
empresas que fazem a obra
do metrô. Também o transporte de táxi dos moradores
foi pago pelas empresas.
Para ter direito ao abrigo,
era preciso fazer cadastro,
com nome e endereço. Moradores foram informados
de que o hotel foi reservado
por cerca de uma semana.
Por volta das 19h, cerca de
seis horas após o acidente, a
Defesa Civil liberou a retirada de pertences dos imóveis.
A aposentada Carmen
Leoni e o marido tiveram
cinco minutos para pegar alguns objetos e já seguiam para um local de hospedagem
fornecido pelo metrô.
Nerci Mendes Hirose, 56, e
a irmã, Gina Guerra, 54, além
do marido e do filho, também dormiriam num local
próximo e retiraram objetos
de suas casas no início da
noite. Nerci ainda se recuperava de uma cirurgia de ponte de safena ontem, quando
ouviu o estrondo. Seu marido, fora de casa, pediu que
deixasse o local com calma.
Cerca de 500 homens da
CET, Defesa Civil e Subprefeitura de Pinheiros passaram toda a tarde e início da
noite trabalhando no local,
em parceria com bombeiros,
policiais militares e funcionários do Metrô e do consórcio que realiza as obras.
A Defesa Civil providenciou lonas para tapar o local
do desabamento para reduzir danos em caso da ocorrência de chuvas.
Estacionamento
Os donos de cerca de 35
veículos que estavam no estacionamento BrasilPark,
que funciona no condomínio
Passarelli, ficaram impedidos pela polícia de retirar os
carros devido ao risco de haver novos deslizamentos.
Com o desmoronamento,
os carros ficaram estacionados ao lado da cratera, que
avançou sobre o terreno.
O local só seria liberado
depois que os peritos pudessem avaliar se havia risco de
novos desabamentos, o que
não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
O auxiliar administrativo
Carlos Kenji Yamanaka, 21,
viu do prédio da Editora
Abril, onde trabalha, quando
seu veículo Gol ficou dependurado na rachadura.
"As rodas da frente ficaram no buraco. Não me deixaram entrar para tirar. O
prejuízo seria menor", diz.
O prédio da editora não foi
interditado, mas vários funcionários deixaram o local
espontaneamente, segundo
a supervisão de segurança.
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