São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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Desalojados são levados para hotéis

DA REPORTAGEM LOCAL

No início da noite de ontem, moradores desalojados por causa do acidente nas obras do metrô já começavam a ser transferidos para hotéis próximos da região. 49 famílias foram conduzidas para o Golden Tower e L'Opera -neste, a diária para um quarto simples custa R$ 99-, na zona oeste.
Outras 30 famílias foram para as casas de parentes ou amigos.
As despesas, segundo a prefeitura, serão bancadas pelo seguro contratado pelas empresas que fazem a obra do metrô. Também o transporte de táxi dos moradores foi pago pelas empresas.
Para ter direito ao abrigo, era preciso fazer cadastro, com nome e endereço. Moradores foram informados de que o hotel foi reservado por cerca de uma semana.
Por volta das 19h, cerca de seis horas após o acidente, a Defesa Civil liberou a retirada de pertences dos imóveis.
A aposentada Carmen Leoni e o marido tiveram cinco minutos para pegar alguns objetos e já seguiam para um local de hospedagem fornecido pelo metrô.
Nerci Mendes Hirose, 56, e a irmã, Gina Guerra, 54, além do marido e do filho, também dormiriam num local próximo e retiraram objetos de suas casas no início da noite. Nerci ainda se recuperava de uma cirurgia de ponte de safena ontem, quando ouviu o estrondo. Seu marido, fora de casa, pediu que deixasse o local com calma.
Cerca de 500 homens da CET, Defesa Civil e Subprefeitura de Pinheiros passaram toda a tarde e início da noite trabalhando no local, em parceria com bombeiros, policiais militares e funcionários do Metrô e do consórcio que realiza as obras.
A Defesa Civil providenciou lonas para tapar o local do desabamento para reduzir danos em caso da ocorrência de chuvas.

Estacionamento
Os donos de cerca de 35 veículos que estavam no estacionamento BrasilPark, que funciona no condomínio Passarelli, ficaram impedidos pela polícia de retirar os carros devido ao risco de haver novos deslizamentos.
Com o desmoronamento, os carros ficaram estacionados ao lado da cratera, que avançou sobre o terreno.
O local só seria liberado depois que os peritos pudessem avaliar se havia risco de novos desabamentos, o que não havia ocorrido até o fechamento desta edição.
O auxiliar administrativo Carlos Kenji Yamanaka, 21, viu do prédio da Editora Abril, onde trabalha, quando seu veículo Gol ficou dependurado na rachadura.
"As rodas da frente ficaram no buraco. Não me deixaram entrar para tirar. O prejuízo seria menor", diz.
O prédio da editora não foi interditado, mas vários funcionários deixaram o local espontaneamente, segundo a supervisão de segurança.


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