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Governador diz que metrô irá investigar causas de acidente
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador José Serra
(PSDB), que chegou ao local do
desmoronamento à noite, disse
que o metrô vai investigar as
causas do acidente, incluindo
eventuais falhas. Ele, porém,
disse acreditar que o problema
deve ter sido causado em razão
do solo do local. É um terreno
em geral complicado, porque é
muito perto do rio", afirmou.
Serra se disse impressionado
com o tamanho do buraco.
Mais tarde, afirmou a intercolores que os caminhões, em
comparação com a cratera, pareciam de brinquedo, e o cenário lembrava o Chile em época
de terremoto.
De acordo com o governador,
o Metrô começou a tomar providências logo após o acidente.
A primeira medida foi equilibrar o guindaste de 50 toneladas e 40 metros de altura que
podia desabar, colocando peso
sobre o outro lado para evitar
que ele caísse no buraco.
A outra medida foi fazer um
forro de cimento para evitar
novos desmoronamentos.
Questionado sobre os atrasos
na obra da linha 4-amarela do
Metrô, Serra disse acreditar
que o tempo perdido será recuperado. "O prazo de entrega é o
primeiro semestre de 2009.
Acho que vai dar para recuperar eventuais atrasos. Tem
margem de manobra para isso."
A construção da linha 4 é
prometida desde 1995, na gestão Mário Covas (PSDB), e teve
atrasos sucessivos. As obras só
começaram em 2004. O traçado é previsto desde os anos 40 e
também foi incluído na rede
básica projetada no anos 60.
Um dos motivos de atrasos
seguidos do projeto foi a decisão do Estado em fazer a primeira linha concedida à iniciativa privada, algo que teve resistências internas e externas.
Dinamite e "tatuzão"
O acidente ocorreu no momento em que era feita uma escavação na parte de baixo do
túnel para a colocação de trilho. Para abrir a linha 4, entre
as estações Vila Sônia e Pinheiros, foi usada dinamite. Depois
que ela explode, o material é
coletado e a área é concretada.
Já para escavar 6,5 km do largo da Batata à estação Luz, no
centro, a dinamite será trocada
pelo "megatatuzão", máquina
alemã de 180 toneladas (187
carros populares) que custou
R$ 81 milhões.
(EVANDRO SPINELLI)
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