São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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Governador diz que metrô irá investigar causas de acidente

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador José Serra (PSDB), que chegou ao local do desmoronamento à noite, disse que o metrô vai investigar as causas do acidente, incluindo eventuais falhas. Ele, porém, disse acreditar que o problema deve ter sido causado em razão do solo do local. É um terreno em geral complicado, porque é muito perto do rio", afirmou.
Serra se disse impressionado com o tamanho do buraco. Mais tarde, afirmou a intercolores que os caminhões, em comparação com a cratera, pareciam de brinquedo, e o cenário lembrava o Chile em época de terremoto.
De acordo com o governador, o Metrô começou a tomar providências logo após o acidente. A primeira medida foi equilibrar o guindaste de 50 toneladas e 40 metros de altura que podia desabar, colocando peso sobre o outro lado para evitar que ele caísse no buraco.
A outra medida foi fazer um forro de cimento para evitar novos desmoronamentos.
Questionado sobre os atrasos na obra da linha 4-amarela do Metrô, Serra disse acreditar que o tempo perdido será recuperado. "O prazo de entrega é o primeiro semestre de 2009. Acho que vai dar para recuperar eventuais atrasos. Tem margem de manobra para isso."
A construção da linha 4 é prometida desde 1995, na gestão Mário Covas (PSDB), e teve atrasos sucessivos. As obras só começaram em 2004. O traçado é previsto desde os anos 40 e também foi incluído na rede básica projetada no anos 60.
Um dos motivos de atrasos seguidos do projeto foi a decisão do Estado em fazer a primeira linha concedida à iniciativa privada, algo que teve resistências internas e externas.

Dinamite e "tatuzão"
O acidente ocorreu no momento em que era feita uma escavação na parte de baixo do túnel para a colocação de trilho. Para abrir a linha 4, entre as estações Vila Sônia e Pinheiros, foi usada dinamite. Depois que ela explode, o material é coletado e a área é concretada.
Já para escavar 6,5 km do largo da Batata à estação Luz, no centro, a dinamite será trocada pelo "megatatuzão", máquina alemã de 180 toneladas (187 carros populares) que custou R$ 81 milhões. (EVANDRO SPINELLI)


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