São Paulo, sábado, 13 de janeiro de 2007

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Pomba pode ter causado o blecaute em Olímpia

Apagão de 15 horas deixou comércio, bancos e serviços públicos fechados

Dono de granja diz que ao menos 10 mil aves foram mortas por causa da falta de eletricidade; CPFL não diz o que causou blecaute

GUILHERME CAMPOS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma pomba é apontada pela prefeitura como responsável por blecaute que deixou no escuro os cerca de 50 mil moradores de Olímpia por aproximadamente 15 horas. O fato ocorreu às 9h de anteontem e foi normalizado à 0h15 de ontem, segundo a administração.
O transformador geral que abastece a cidade queimou por conta de uma descarga elétrica de 25 mil Kw/h na subestação de energia, segundo a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). A concessionária não confirma o motivo do blecaute.
O apagão também deixou a cidade sem água até as 12h de ontem, o comércio sem funcionar, as agências bancárias fechadas e os serviços públicos municipais interrompidos. Na Santa Casa, um gerador foi usado para atender o centro cirúrgico, a Unidade de Terapia Intensiva e o pronto-socorro. A lavanderia e outros setores pararam as atividades.
"Segundo nossos técnicos apuraram, uma ave pousou nos fios e provocou o curto-circuito", afirmou o secretário de Obras da cidade, Gilberto Cunha. Ele disse ainda que a prefeitura vai pedir explicações à CPFL e exigir que isso não ocorra de novo.
De acordo a CPFL, uma subestação móvel foi levada de Araraquara para Olímpia para normalizar o abastecimento. Ela estava prevista para chegar às 18h de anteontem, mas, por conta das condições da estrada, dois pneus da carreta de transporte furaram -o caminhão chegou às 22h.
Às 18h, a empresa puxou energia de uma subestação de Barretos para ligar a eletricidade do centro da cidade, onde funciona o hospital, que voltou a operar normalmente. No próximo dia 14, a CPFL vai instalar um novo transformador em substituição definitiva ao equipamento danificado.

Prejuízos
O apagão causou também prejuízos a empresários. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Olímpia, Flávio Vedovati, o departamento jurídico da entidade está à disposição dos comerciantes que queiram entrar com pedido de indenização. "Panificadoras, sorveterias, todos tiveram prejuízos."
O empresário Marco de Carvalho, dono de uma granja na cidade, disse que irá processar a CPFL. Cerca de 10 mil aves da granja foram mortas por conta do apagão. "Elas morreram porque ficaram 15 horas sem comer e beber água. O abastecimento é todo automatizado e dependia da energia. Não temos nem idéia do prejuízo."


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