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Pomba pode ter causado o blecaute em Olímpia
Apagão de 15 horas deixou comércio, bancos e serviços públicos fechados
Dono de granja diz que ao
menos 10 mil aves foram
mortas por causa da falta
de eletricidade; CPFL não
diz o que causou blecaute
GUILHERME CAMPOS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma pomba é apontada pela
prefeitura como responsável
por blecaute que deixou no escuro os cerca de 50 mil moradores de Olímpia por aproximadamente 15 horas. O fato
ocorreu às 9h de anteontem e
foi normalizado à 0h15 de ontem, segundo a administração.
O transformador geral que
abastece a cidade queimou por
conta de uma descarga elétrica
de 25 mil Kw/h na subestação
de energia, segundo a CPFL
(Companhia Paulista de Força
e Luz). A concessionária não
confirma o motivo do blecaute.
O apagão também deixou a
cidade sem água até as 12h de
ontem, o comércio sem funcionar, as agências bancárias fechadas e os serviços públicos
municipais interrompidos. Na
Santa Casa, um gerador foi usado para atender o centro cirúrgico, a Unidade de Terapia Intensiva e o pronto-socorro. A
lavanderia e outros setores pararam as atividades.
"Segundo nossos técnicos
apuraram, uma ave pousou nos
fios e provocou o curto-circuito", afirmou o secretário de
Obras da cidade, Gilberto Cunha. Ele disse ainda que a prefeitura vai pedir explicações à
CPFL e exigir que isso não
ocorra de novo.
De acordo a CPFL, uma subestação móvel foi levada de
Araraquara para Olímpia para
normalizar o abastecimento.
Ela estava prevista para chegar
às 18h de anteontem, mas, por
conta das condições da estrada,
dois pneus da carreta de transporte furaram -o caminhão
chegou às 22h.
Às 18h, a empresa puxou
energia de uma subestação de
Barretos para ligar a eletricidade do centro da cidade, onde
funciona o hospital, que voltou
a operar normalmente. No próximo dia 14, a CPFL vai instalar
um novo transformador em
substituição definitiva ao equipamento danificado.
Prejuízos
O apagão causou também
prejuízos a empresários. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de
Olímpia, Flávio Vedovati, o departamento jurídico da entidade está à disposição dos comerciantes que queiram entrar
com pedido de indenização.
"Panificadoras, sorveterias, todos tiveram prejuízos."
O empresário Marco de Carvalho, dono de uma granja na
cidade, disse que irá processar a
CPFL. Cerca de 10 mil aves da
granja foram mortas por conta
do apagão. "Elas morreram
porque ficaram 15 horas sem
comer e beber água. O abastecimento é todo automatizado e
dependia da energia. Não temos nem idéia do prejuízo."
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