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Moradores se mobilizam para pedir indenizações mais altas
DO ENVIADO ESPECIAL A LAJE DO
MURIAÉ E ITAPERUNA (RJ)
Após cinco dias de falta de
água os moradores de Laje do
Muriaé acionaram a Justiça e
estão sendo indenizados pela
empresa. Com o novo acidente,
pretendem repetir a dose, esperando um valor muito maior.
Em acordo na Justiça, a mineradora comprometeu-se a
pagar entre R$ 600 e R$ 500 a
cerca de mil famílias -o primeiro valor às que já haviam
ganho em primeira instância e
o segundo para os autores dos
processos que seriam julgados.
Até janeiro, 250 famílias receberam o valor. O acordo, de
agosto de 2006, previa que a cada mês 50 famílias seriam indenizadas, até maio de 2008.
"Processei não pelo dinheiro,
mas sim pela irresponsabilidade da empresa", disse o vigilante Luciano da Quitanda, 41.
A advogada Beatriz Freitas
Oliveira -que diz ser responsável por cerca de 90% dos processos- preferiu não estimar o
valor das próximas ações.
"Dessa vez deve ser maior, já
que além do dano moral da própria falta d'água, há a perda material por causa da lama".
Em 2006, foram pedidos 40
salários mínimos -limite para
o processo tramitar em juizado
especial, mais rápido. Em agosto, foram fechados os valores.
Para Oliveira, o valor não foi
adequado. "Ele [o juiz] tem que
levar em consideração a proporcionalidade do dano. Eu daria R$ 3.000". O prédio da advogada foi invadido pela lama.
"O medo é que a empresa,
com a multa, entre em processo
de falência, e os que não receberam não vejam esse dinheiro
nunca", afirmou ela.
No acordo, somente quem
provou ser cliente da Cedae ganhou a indenização.
(ITALO NOGUEIRA)
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