São Paulo, domingo, 13 de janeiro de 2008 |
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200 m2
Verônica estava trifeliz (sim,
ela era gaúcha) com seu apartamento novo no centro. O amigo
Donizete organizou um chá-de-panela para celebrar a compra. Verônica e Eduardo (seu
marido, também gaúcho) prepararam pães, patês, bolos e
sangria para a noitada de sábado. O apartamento ficou cheio
de gente. Todos estavam encantados com a amplitude das
peças. No meio da festa, Verônica foi até a cristaleira, pegou a
pistola que havia herdado do
avô, colocou-a na boca e disparou. Seus miolos foram parar
na parede azul. Então, como
combinado, Eduardo leu um
conto que ela deixou -e que,
como sempre, ninguém compreendeu.
VERÔNICA STIGGER, 35, autora de "Gran Cabaret Demenzial" (Cosac Naify) Texto Anterior: Cidade dentro Próximo Texto: Surpresa Índice |
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