São Paulo, domingo, 13 de janeiro de 2008 |
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cidade dentro
Um carro é ligado na madrugada. Praça Roosevelt, Nestor
Pestana, Consolação. Tenta
rasgar o plástico de um CD em
frente à Sé, algo passa pela sua
cabeça como o trânsito é passado por uma ambulância, essa
compulsão pelo encarte das
coisas, a noite esticando suas
carreiras de faróis nas marginais. Mas não agora. Avenida
do Estado vazia. Pouco antes
das Juntas Provisórias, abre a
garagem pensando quais músculos da humanidade se movem nas duas janelas acesas do
prédio, canetas que falham ao
lado do telefone, esfihas que sobram nas lanchonetes que fecham, a cara de quem acorda
sem saber onde.
MARCELO MONTENEGRO, 36, é poeta e escritor. Posta poemas em marcelomontenegro.blog.uol.com.br Texto Anterior: História bem triste Próximo Texto: 200 m2 Índice |
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