PF investiga se garçonete foi assassinada ou se cometeu suicídio; namorado está proibido de deixar o país

DO "AGORA"

Uma tripulante do cruzeiro MSC Musica foi encontrada morta no domingo em sua cabine, pouco antes de o navio atracar no porto de Santos. A Polícia Federal investiga se ela foi assassinada por estrangulamento ou se cometeu suicídio.
Camila Peixoto Bandeira, 28, era garçonete em um dos bares do navio -o cruzeiro de sete dias tinha paradas em portos no Brasil, Uruguai e na Argentina.
Ela dividia uma cabine com seu companheiro, Bruno Bicalho, 30, que é barman no navio. Ele disse à polícia que saiu para trabalhar às 7h e, quando retornou, às 9h45, encontrou-a morta.
Segundo a PF, o barman afirmou em depoimento ter achado um lençol que Camila teria usado para se matar. "O depoimento dele não foi muito convincente", disse o delegado federal Sandro Pataro.
Conforme o policial, apesar de médicos e comandantes terem ido à cabine, apenas Bicalho relatou ter visto o lençol.
O navio chegou a Santos cerca de três horas após o corpo ser encontrado. O barman não foi autorizado pela polícia a embarcar no MSC Musica para seguir viagem. A PF também pediu à Justiça que ele seja impedido de deixar o país até que terminem as investigações.
A reportagem não conseguiu contato com Bicalho ou com advogados dele.
O delegado Pataro encomendou laudos sobre a causa e as circunstâncias da morte. Também pediu a quebra do sigilo telefônico da vítima, para saber se ela relatou a alguém ter sofrido ameaças ou mencionou possível intenção de cometer suicídio -não foi encontrada carta que pudesse caracterizar isso.
A MSC Cruzeiros divulgou nota em que "lamenta o ocorrido e informa que aguardará o laudo oficial das autoridades competentes para se manifestar sobre o caso". (LUIS KAWAGUTI)


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