São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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ISMAR BONAGAMBA (1922-2011)

Distribuiu filmes e amou o Botafogo

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Durante muitos anos, os cinemas do sul de Minas, Goiás, parte de Mato Grosso e norte e noroeste de São Paulo foram abastecidos com os antigos filmes da MGM e RKO graças a Ismar Bonagamba.
Filho de um italiano e de uma espanhola, Bona, como muitos o chamavam, nasceu em São Simão (SP). Viveu na cidade até os dez anos.
Seu pai, Tito, foi motorista de táxi até o dia em que decidiu se mudar para Ribeirão Preto (SP) para trabalhar como carregador na cervejaria Antarctica, nos anos 30.
Como perdeu o pai ainda muito cedo, Ismar teve de ir trabalhar para ajudar no sustento da família de oito irmãos. Começou numa distribuidora de cinema, área em que ficaria até se aposentar.
Como conta o filho Nilton, os títulos eram alugados para as exibições. Bona chegou a ter a própria distribuidora, a Para Todos, que comprava filmes na capital paulista e os espalhava pela região de Ribeirão. Durou até os anos 80.
Além do cinema, ele também se dedicou ao seu time do coração, o Botafogo de Ribeirão. Foi diretor financeiro do clube e integrou a Turma do Chega Junto, um grupo que acompanhava todos os jogos do time no Paulista para fiscalizar a distribuição da renda dos ingressos.
Nos últimos anos, ele costumava se reunir com a turma da velha guarda do time e coordenava o boi no rolete, no churrasco anual feito com a presença de ex-jogadores.
Já aposentado, Bona gostava de ver filmes antigos, em preto e branco, em casa. Viúvo desde 2000, morreu na terça (4), aos 88, de falência de órgãos. Teve três filhos, seis netos e uma bisneta.

coluna.obituario@uol.com.br


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