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Em Atibaia, bairro vazio realiza rondas para evitar saques
Cerca de 200 casas foram abandonadas; tempestade afetou 800 famílias na cidade
RICARDO GALLO
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA
A Defesa Civil de Atibaia
implantou ronda de barcos
em áreas inundadas para auxiliar famílias a retirar seus
pertences das casas e, também, prevenir saques.
Ontem, uma dupla percorria o Parque das Nações,
bairro de classe média com
ruas ainda submersas. Cerca
de 200 imóveis estão vazios.
José Milton da Motta, 58,
pilotava o barco; caso visse
alguém, sua função era avisar a Guarda Civil local. O receio tem explicação: no ano
passado, o bairro ficou inundado e foi alvo de saques.
O trabalho também foi dar
carona para moradores dispostos a entrar nas casas
cheias d'água para recolher
eletrodomésticos.
O nível da água chegou a
1,60 metro no bairro. Improvisou-se uma creche como
base da Defesa Civil.
A tempestade em Atibaia
afetou 800 famílias, entre desalojados e desabrigados. O
rio Atibaia transbordou. Bairros ficaram sem água. A cidade decretou emergência.
Moradores do bairro de
Caetetuba, um dos mais atingidos, invadiram conjunto
habitacional já concluído,
mas ainda não ocupado. No
condomínio Flamboyant, de
classe média alta, peixes pararam dentro das casas.
Em uma estrada próxima,
cratera de 2 m de largura e 3
m de profundidade se abriu.
O governo do Estado iniciou estudo para dar uma solução às enchentes na cidade; entre as opções estão o
desassoreamento do rio Atibaia, a construção de piscinões e diques. O trabalho começou nesta semana e fica
pronto em até quatro meses.
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