São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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Em Atibaia, bairro vazio realiza rondas para evitar saques

Cerca de 200 casas foram abandonadas; tempestade afetou 800 famílias na cidade

RICARDO GALLO
ENVIADO ESPECIAL A ATIBAIA

A Defesa Civil de Atibaia implantou ronda de barcos em áreas inundadas para auxiliar famílias a retirar seus pertences das casas e, também, prevenir saques.
Ontem, uma dupla percorria o Parque das Nações, bairro de classe média com ruas ainda submersas. Cerca de 200 imóveis estão vazios.
José Milton da Motta, 58, pilotava o barco; caso visse alguém, sua função era avisar a Guarda Civil local. O receio tem explicação: no ano passado, o bairro ficou inundado e foi alvo de saques.
O trabalho também foi dar carona para moradores dispostos a entrar nas casas cheias d'água para recolher eletrodomésticos.
O nível da água chegou a 1,60 metro no bairro. Improvisou-se uma creche como base da Defesa Civil.
A tempestade em Atibaia afetou 800 famílias, entre desalojados e desabrigados. O rio Atibaia transbordou. Bairros ficaram sem água. A cidade decretou emergência.
Moradores do bairro de Caetetuba, um dos mais atingidos, invadiram conjunto habitacional já concluído, mas ainda não ocupado. No condomínio Flamboyant, de classe média alta, peixes pararam dentro das casas.
Em uma estrada próxima, cratera de 2 m de largura e 3 m de profundidade se abriu.
O governo do Estado iniciou estudo para dar uma solução às enchentes na cidade; entre as opções estão o desassoreamento do rio Atibaia, a construção de piscinões e diques. O trabalho começou nesta semana e fica pronto em até quatro meses.


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