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Ouro bancou
reconstrução
da cidade
da Agência Folha
O terremoto seguido de
maremoto e incêndios que
atingiu Lisboa em 1º de novembro de 1755 deixou um
saldo de 60 mil mortos e boa
parte da cidade destruída.
Segundo a historiadora
Maria Lúcia Perrone Passos,
o traçado urbano da cidade
era medieval, apesar de Lisboa ter sido rica e sofisticada, com prédios suntuosos.
Um ano mais tarde, Lisboa
não havia conseguido se
reerguer.
Em 1756, o rei d. José 1º incumbiu marquês de Pombal, então primeiro-ministro, da tarefa de reconstruir a
cidade. "Pombal era um déspota e baixou um decreto
proibindo a construção de
casas pelos moradores. Ele
importou barracas de madeira da Holanda, onde a
população morou até o fim
das construções da nova Lisboa", disse Maria Lúcia.
O ouro brasileiro foi o financiador da reconstrução.
A construção da nova Lisboa seguiu até 1776.
A construção de áreas de
lazer como o Passeio Público, com jardins, riachos e
cascatas, acabou por transformar as regiões mais afetadas pelo terremoto em bairros residenciais disputados e
valorizados.
Durante o século 20, a nova Lisboa passou por um período de decadência.
Mas, hoje, a cidade projetada por Pombal está sendo
restaurada, graças ao financiamento dos países membros da UE (União Européia).
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