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"A conduta da polícia é injustificável", diz pai de Paula, que teme nova agressão
Pai de Paula afirma que conduta da polícia é "injustificável" e diz temer nova agressão
DA REPORTAGEM LOCAL COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O assessor parlamentar Paulo Oliveira, pai de Paula, se diz
"revoltado" com o relacionamento da Polícia da Cidade de
Zurique que, segundo ele, tem
fornecido poucas informações
aos parentes a respeito do caso
e cogita a possibilidade de armação.
"A conduta da polícia é injustificável. Como podem colocar
em dúvida o que aconteceu? É
só ver as marcas que ficaram na
minha filha", disse ele à Folha,
por telefone, enquanto acompanha a jovem no hospital.
Em Recife, a família de Paula
Oliveira também critica a Polícia da Cidade de Zurique por levantar a hipótese de que a própria jovem tenha se cortado
com estilete e se ferido propositalmente.
"Eles insistem na tese da automutilação. Ela teria de ter feito as marcas de letras [SVP, que
formam a sigla de partido suíço
nacionalista] de ponta-cabeça.
É um absurdo", diz Silvio Oliveira, 54, tio de Paula.
"Temos medo"
Paulo Oliveira, que trabalha
na equipe do deputado federal
Roberto Magalhães (DEM-PE),
disse que tem pressa de trazer a
filha de volta ao Brasil, já que
ela está ainda "muito chocada"
com as lembranças do espancamento.
"Vamos levá-la para o Brasil
assim que possível, assim que
ela estiver melhor de saúde e
em condições de viajar. Nós
não sabemos quem são e onde
estão os agressores, mas eles
sabem quem ela e provavelmente onde ela está. Então é
claro que temos medo", disse.
Os parentes de Paula em Recife querem o imediato retorno
de Paula ao Brasil. A intenção é
antecipar a vinda da advogada,
inicialmente marcada para o
dia 19, caso ela seja liberada antes pelos médicos.
(DANIEL BERGAMASCO e MARCO BAHÉ)
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