São Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

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"A conduta da polícia é injustificável", diz pai de Paula, que teme nova agressão

Pai de Paula afirma que conduta da polícia é "injustificável" e diz temer nova agressão

DA REPORTAGEM LOCAL COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O assessor parlamentar Paulo Oliveira, pai de Paula, se diz "revoltado" com o relacionamento da Polícia da Cidade de Zurique que, segundo ele, tem fornecido poucas informações aos parentes a respeito do caso e cogita a possibilidade de armação.
"A conduta da polícia é injustificável. Como podem colocar em dúvida o que aconteceu? É só ver as marcas que ficaram na minha filha", disse ele à Folha, por telefone, enquanto acompanha a jovem no hospital.
Em Recife, a família de Paula Oliveira também critica a Polícia da Cidade de Zurique por levantar a hipótese de que a própria jovem tenha se cortado com estilete e se ferido propositalmente.
"Eles insistem na tese da automutilação. Ela teria de ter feito as marcas de letras [SVP, que formam a sigla de partido suíço nacionalista] de ponta-cabeça. É um absurdo", diz Silvio Oliveira, 54, tio de Paula.

"Temos medo"
Paulo Oliveira, que trabalha na equipe do deputado federal Roberto Magalhães (DEM-PE), disse que tem pressa de trazer a filha de volta ao Brasil, já que ela está ainda "muito chocada" com as lembranças do espancamento.
"Vamos levá-la para o Brasil assim que possível, assim que ela estiver melhor de saúde e em condições de viajar. Nós não sabemos quem são e onde estão os agressores, mas eles sabem quem ela e provavelmente onde ela está. Então é claro que temos medo", disse.
Os parentes de Paula em Recife querem o imediato retorno de Paula ao Brasil. A intenção é antecipar a vinda da advogada, inicialmente marcada para o dia 19, caso ela seja liberada antes pelos médicos.
(DANIEL BERGAMASCO e MARCO BAHÉ)


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