DA REPORTAGEM LOCAL

O julgamento das escolas de samba que desfilam no sambódromo do Anhembi (zona norte de São Paulo) sofreu mudanças: a partir de agora haverá não três, mas quatro jurados para cada um dos nove quesitos; e todas as notas passam a ser contadas -a maior e a menor deixam de ser descartadas.
"Com mais jurados, há mais opiniões e menos possibilidade de um erro", diz Sidnei Carrioulo, presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo. "Sem cortar as notas, com mais jurados, diminui a margem de injustiça de alguém mal-intencionado", diz Carrioulo, sobre as razões da mudança.
As novas regras foram decididas anteontem pela Liga (que responde por oito das 14 escolas do grupo especial) e pela Super Liga (com mais seis). Quanto ao acesso de grupos, nada muda: duas escolas do grupo especial serão rebaixadas para o de acesso e duas do grupo de acesso subirão para o especial.
Os jurados do desfile de Carnaval são selecionados por uma comissão composta pela Liga e pela Super Liga -entidade que foi criada este ano, após divergências entre as escolas para a escolha de um presidente.
Eles julgam nove quesitos: comissão de frente, evolução, mestre-sala e porta-bandeira, harmonia, bateria, samba-enredo, enredo, fantasia e alegoria. Cada quesito requer um tipo de profissional. Historiadores, por exemplo, podem julgar o enredo; coreógrafos, a comissão de frente.
Segundo a Super Liga, os jurados ainda não foram escolhidos -eles passarão por um curso. Os nomes devem ser divulgados na semana dos desfiles.


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