São Paulo, sábado, 13 de fevereiro de 2010

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Eu ficaria com os melhores", diz educador da USP

DA REPORTAGEM LOCAL

Entre o tempo de trabalho na rede e o nível de conhecimento do professor, o ideal é escolher a segunda opção, afirma o professor da Faculdade de Educação da USP José Augusto Dias. O professor diz, porém, que a discussão só ocorre porque o governo não abre concursos públicos para ao menos diminuir o número de temporários na rede estadual de ensino. Hoje, há cerca de 80 mil temporários e 130 mil efetivos. O governo abriu concurso para 10 mil vagas. Abaixo, a entrevista com Dias, ex-presidente do Conselho Municipal de Educação de São Paulo. (FT)

 

FOLHA - O sr. acha que deve prevalecer a experiência do docente na sala de aula ou seu conhecimento?
JOSÉ AUGUSTO DIAS
- É uma questão difícil. Mas entendo que o professor que demonstrou maiores conhecimentos tem mais a oferecer aos alunos. Não é porque o professor já está na rede que ele vai dar uma boa aula. A Apeoesp [sindicato dos docentes] está no papel dela, de defender seus associados [que já atuam no sistema]. Mas não acho que seja a melhor escolha. Eu ficaria com os melhores professores.

FOLHA - É o segundo ano consecutivo que há problema para selecionar os professores temporários. O que deve ser feito?
DIAS
- Só a abertura de concursos públicos resolve isso. O Estado não pode ficar tanto tempo sem fazer concurso.
Não sei se eles não abrem por questão de economia, mas isso é muito prejudicial. Não podemos ficar com esse número de temporários. O professor precisa ter estabilidade para fazer um bom trabalho.


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