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"Conselho queria transformar profissional em submédicos'
FABIANE LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Eno Filho, diretor científico
da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, afirmou que as atribuições
haviam sido definidas pelo conselho de enfermagem (já derrubadas por uma decisão do
TRF), como as prescrições, tentavam transformar o enfermeiro em um "submédico", em vez
de valorizá-lo.
"Algumas lideranças os
transformaram em submédico,
em de vez de superenfermeiro." Segundo o diretor, há reclamações em listas de discussão
da sociedade sobre enfermeiros que assumem o papel de
médicos, mas são pontuais. Para ele, os casos não ocorrem em
razão da precarização dos serviços e falta de médicos, mas
sim pelo incentivo de lideranças dos enfermeiros.
O diretor destaca que o enfermeiro não é "serviçal" do
médico nas equipes do Saúde
da Família. Os profissionais,
avalia, têm habilidades diferentes, que se complementam.
Segundo Eno Filho, enfermeiros têm melhor preparo para determinadas tarefas.
"Enfermeiro tem formação
bem maior na área de gestão de
serviço, fundamental para otimizar estoques. É bastante
treinado para identificar, na dinâmica da família, as questões
do autocuidado, de higiene, alimentação. E as medições da
saúde [peso, altura], a realização dos curativos são de domínio amplo do enfermeiro."
São Paulo tem 940 de seus
2.500 enfermeiros trabalhando
no Programa Saúde da Família,
um dos maiores do país, com
cobertura de cerca de 30% da
população. A Secretaria Municipal da Saúde não quis comentar a medida judicial por desconhecê-la oficialmente.
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