São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Na Câmara, estudante de física conta como foi barrada no aeroporto de Madri

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A mestranda em física pela USP Patrícia Camargo Magalhães contou ontem na Comissão de Relações Exteriores da Câmara que só foi ouvida por autoridades espanholas dois dias após desembarcar no aeroporto de Madri e que, antes da entrevista, sua carta de denegação já estava pronta.
Ela chegou ao aeroporto por volta das 9h30 de domingo, 10 de fevereiro. A entrevista ocorreu às 15h de terça-feira, dia 12.
Patrícia usaria a Espanha como porta de entrada para a Europa. Ela ia participar de um seminário científico em Lisboa para apresentar estudos brasileiros sobre a partícula sigma. Diante da resistência dos espanhóis em acreditar, ela contou que solicitou à USP e à organização do seminário o envio de um fax. "Eles só me disseram que fax não é documento."
Privada de objetos pessoais, inclusive de seu passaporte, ela foi posta em uma sala "com mais de cem pessoas", onde ficou até a manhã de quarta. Ali, havia um telefone público, e as autoridades de imigração definiam o horário de alimentação e de dormir. "Eu me senti presa." Ao final dos três dias, ela embarcou em um vôo da companhia Iberia de volta ao Brasil.
Em seu passaporte, consta um carimbo informando a inadmissão. O Itamaraty prometeu ajudar a retirar a inadmissão do sistema europeu. (ID)


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