São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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Sem pernas, Ruan, 14, se arrasta em escada para poder ir à aula

Elevador chegou a ser instalado em colégio de Ribeirão Preto, mas está inativo

LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O aluno da sexta série do ensino fundamental Ruan Felipe Pereira, 14, chega à sala de aula cansado e com as mãos sujas. Aluno do Caic (Centro de Atenção Integral à Criança) Antônio Palocci, em Ribeirão Preto (313 km de SP), o garoto, que não tem as pernas, estuda no segundo andar e sobe as escadas apoiando-se nos corrimãos. Um elevador começou a ser instalado na escola no ano passado, mas ainda não funciona.
Ruan, que foi vítima de uma meningococcemia grave aos dois anos de idade, usa um skate para se locomover. "Eu preciso apoiar minhas mãos no chão para andar com o skate. E, nas escadas, eu vou me arrastando e me sujando todo."
A avó do estudante, Fátima das Graças Martins, disse que já pediu a mudança de Ruan para uma sala de aula no térreo.
Segundo a diretora da escola, Maria Beatriz Camilo, a reivindicação nunca foi feita, mas ela afirma que a escola se dispõe a fazer a mudança. De acordo com ela, falta uma cobertura no teto do elevador para que ele comece a funcionar.
O secretário da Educação de Ribeirão Preto, José Norberto Callegari Lopes, disse que o elevador estará pronto nos próximos dias e que Ruan receberá uma cadeira de rodas. "Investimos mais de R$ 1 milhão na reforma daquela escola." Segundo Callegari, as outras escolas municipais verticais têm acesso para deficientes.


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