São Paulo, quinta-feira, 13 de março de 2008

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entrevista

O significado vai além da indenização

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Aos 63 anos, Maria da Penha Maia Fernandes é hoje coordenadora de políticas públicas para mulheres da Prefeitura de Fortaleza (CE) e usa cadeira de rodas para se deslocar. À Folha ela criticou o governo FHC por ter ignorado as notificações da OEA. A reportagem ligou para a casa do ex-presidente, mas foi informada de que ele não estava e que sua secretária só poderia ser encontrada hoje. Leia trechos da entrevista.

 

FOLHA - Como a sra. vê a demora de sete anos no pagamento dessa indenização?
MARIA DA PENHA FERNANDES -
Houve uma grande dificuldade nos anos anteriores para convencer os dirigentes do Estado de que era um assunto importante. É uma quantia muito inferior ao que gastei para recuperar a saúde, mas o significado vai além disso, tem dimensão internacional contra a impunidade.

FOLHA - A decisão tinha de partir de governo?
MARIA DA PENHA -
Infelizmente, tratava-se de decisão política. Durante três anos do governo FHC, a União não respondeu à OEA. Só com Lula o caso foi à frente. O Estado teve responsabilidade, porque houve impunidade.

FOLHA - Há dificuldades para aplicar a Lei Maria da Penha...
MARIA DA PENHA -
Nem sempre temos os equipamentos necessários para dar acesso às vítimas de agressão. Temos que continuar pressionando os governos para dar condições plenas de aplicação da lei.


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