da Reportagem Local

A advogada Maria Ligia Jablonca Jannuzi, 56, protocolou ontem na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) um documento no qual denuncia ter sido procurada para que três pessoas que defende no caso da máfia da propina mudassem os depoimentos dados à polícia.
Segundo Ligia, dois advogados a procuraram no fórum criminal, na última terça-feira, e a convidaram para participar de uma reunião.
De acordo com o relato da advogada, os dois criminalistas sugeriram alterações nos depoimentos de seus clientes, Maria Aparecida Santiago e Adriano Santiago e Carlos Aparecido da Silva. Pela sugestão, os três diriam, em nova oitiva, que arrecadavam propina entre os camelôs por espontânea vontade.
O dinheiro, então, seria oferecido aos fiscais, que nunca teriam exigido a arrecadação.
Maria Aparecida, Adriano e Carlos foram presos no final de janeiro sob acusação de extorquir dinheiro de camelôs do centro de SP.
À polícia, eles disseram que eram coagido por funcionários da prefeitura a exigir a propina.
"Se meus clientes mudassem suas declarações, eles favoreceriam todos os que estão acima deles", disse Ligia. A advogada disse ter recusado a proposta.


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