São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2004

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Para especialistas, faltam políticas de longo prazo

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisadores da violência urbana no Rio de Janeiro dizem que a guerra do tráfico é conseqüência da ausência de políticas de longo prazo para a segurança pública e a área social. Para eles, os governos têm sido pautados por medidas paliativas, decididas após cada fato, que resultam ineficazes e não tocam a raiz do problema.
"A lógica da guerra entre as facções não é provocada pelo sujeito de baixa escolaridade com uma arma na mão. Para combater essa lógica é preciso ir no lucro de quem realmente a controla, e isso mexe com gente importante da sociedade", diz Marcelo Freixo, pesquisador da ONG Justiça Global.
O sociólogo Gláucio Ary Dillon Soares, professor do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), lembra que a favela é tratada como "território inimigo": "Fala-se em ocupação e não em prevenção. E isso não se refere apenas à polícia".
A socióloga Julita Lemgruber, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, diz que uma das maneiras de melhorar a situação é implementando o Plano Nacional de Segurança. "O governo federal tem que assumir seu papel na questão."


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