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Para especialistas, faltam políticas de longo prazo
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisadores da violência urbana no Rio de Janeiro
dizem que a guerra do tráfico é conseqüência da ausência de políticas de longo prazo para a segurança pública
e a área social. Para eles, os
governos têm sido pautados
por medidas paliativas, decididas após cada fato, que resultam ineficazes e não tocam a raiz do problema.
"A lógica da guerra entre
as facções não é provocada
pelo sujeito de baixa escolaridade com uma arma na
mão. Para combater essa lógica é preciso ir no lucro de
quem realmente a controla,
e isso mexe com gente importante da sociedade", diz
Marcelo Freixo, pesquisador
da ONG Justiça Global.
O sociólogo Gláucio Ary
Dillon Soares, professor do
Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de
Janeiro), lembra que a favela
é tratada como "território
inimigo": "Fala-se em ocupação e não em prevenção. E
isso não se refere apenas à
polícia".
A socióloga Julita Lemgruber, do Centro de Estudos de
Segurança e Cidadania da
Universidade Cândido Mendes, diz que uma das maneiras de melhorar a situação é
implementando o Plano Nacional de Segurança. "O governo federal tem que assumir seu papel na questão."
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