São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

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Manifestantes barram acesso à reitoria da USP

Funcionários da limpeza e alunos protestaram contra atraso de salários

Empresa entrou em falência e pagamento foi depositado em juízo; USP diz que valor será liberado "em dias"


ADRIANO WILKSON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Alunos e funcionários terceirizados que prestam serviço de limpeza para a USP bloquearam ontem o acesso ao prédio da reitoria, na Cidade Universitária, em protesto contra o não pagamento do salário desses trabalhadores, em greve desde sexta.
O protesto começou por volta das 8h, quando, segundo os manifestantes, o grupo, de ao menos 150 pessoas, tentou entrar e foi barrado pelos seguranças. Os alunos e grevistas, então, passaram a impedir o acesso ao prédio.
Segundo a reitoria, os seguranças apenas fecharam a porta de entrada quando viram os manifestantes, e os funcionários que estavam no prédio ficaram trabalhando.
Os líderes do grupo dizem que impedirão a entrada no prédio enquanto não receberem. Eles devem se reunir hoje para novo piquete.
As aulas foram retomadas ontem na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) depois que alunos e funcionários limparam os prédios alvo de protestos.
Anteontem, grevistas atiraram no chão o lixo acumulado nos cestos da unidade.
No resto da universidade, as atividades transcorreram normalmente ontem.
Cada um dos cerca de 400 trabalhadores recebe um salário mínimo (R$ 545).

VERSÕES
A União, empresa terceirizada que contratou os trabalhadores, não pagou os salários de março. Ela alega não ter acesso aos R$ 146.493 que a USP depositou em juízo.
O pagamento dos funcionários é dividido entre as duas partes. A União entrou em processo de falência e teve o contrato com a USP encerrado no dia 30 de março.
A USP alega que o depósito em juízo é a única forma de pagar a empresa, já que ela tem dívida com o Estado.
"Nós oferecemos alternativas, como eles depositarem na conta do sindicato dos trabalhadores, mas não aceitaram", afirmou a assessoria de imprensa da União.
De acordo com a universidade, a liberação do dinheiro depositado pode demorar "alguns dias", prazo em que a USP espera que a situação se normalize.


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