MANUELA MARTINEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

O prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), decretou ontem estado de emergência em consequência dos estragos causados pelas fortes chuvas que já atingem o município há dez dias.
Com a medida, a prefeitura espera a liberação de verbas federais para a realização de obras emergenciais na cidade. A decretação do estado de emergência também dispensa a necessidade de serem feitas licitações para as obras.
Segundo a Codesal (Coordenadoria da Defesa Civil de Salvador), até a noite de ontem 389 famílias tinham perdido suas casas ou se encontravam em imóveis que apresentavam risco iminente de desabamento.
Desde que as chuvas tiveram início, no último dia 4, a Secretaria da Defesa Civil já recebeu mais de 1.500 solicitações de atendimento relacionadas a desabamentos, deslizamentos de terra, alagamentos e quedas de árvores.
O índice pluviométrico acumulado desde o dia 4 até ontem alcançou 300,8 mm -valor que representa quase toda a expectativa de volume de chuvas para maio. Cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado.
Até o momento, foi registrada só uma morte em decorrência das chuvas em Salvador. Atingida por uma parede de barro que desabou na Palestina (periferia da cidade), a estudante Adriana Santana dos Santos, 19, morreu no último dia 4, antes de ser atendida.
As famílias serão assistidas pela Setrads (Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social). Segundo o secretário Raimundo Cayres, os desabrigados recebem colchões e vale-compras de R$ 50 (para famílias com até cinco integrantes) ou de R$ 75 (para as que têm mais de cinco pessoas).


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