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São Paulo, terça-feira, 13 de maio de 2003

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SAÚDE

Segundo o ministro, valor não inclui outras despesas que o governo paga pelo paciente, como exames e medicamentos

Diária de UTI não terá aumento, diz Costa

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou ontem em Recife que o governo não pensa em aumentar o valor da diária paga aos hospitais conveniados pela utilização de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
"Quando se diz que o valor [da diária" da UTI é de R$ 170 aproximadamente, não estão sendo computados outros componentes que se pagam pelo paciente."
"Além da diária da UTI, a AIH (Autorização de Internação Hospitalar) do leito normal continua sendo paga enquanto a pessoa é tratada na terapia intensiva."
"Os exames são pagos [pelo governo", os medicamentos são pagos, e, portanto, quando se faz a conta final, o que de fato o ministério paga é muito maior."
Costa anunciou que o governo deve concluir nesta semana estudo preliminar sobre a "necessidade real" de leitos de UTI no Brasil. "Se houver defasagem, podemos pensar em discutir o aumento."
O ministro, entretanto, reiterou que, "em princípio", não pensa em reajustar os valores pagos. Com o levantamento, o ministro espera também rebater a informação da Confederação Nacional da Saúde, que estima em 4.000 o número de leitos de UTIs que necessitariam ser implantados nos hospitais do país.
O ministro disse estar preocupado também com os chamados "leitos intermediários", destinados aos pacientes que não precisam mais de terapia intensiva, mas não podem permanecer em um quarto comum de hospital.
Costa disse ainda que o ministério não sabe se o tempo que os pacientes permanecem em tratamento intensivo é o adequado.
Para Costa, a situação no Ceará, onde pacientes que aguardavam vaga em UTI morreram sem receber o tratamento, está, "no momento, equacionada". Em 30 dias, afirmou, parte dos 52 novos leitos de UTI e de tratamento semi-intensivo que estão sendo construídos no Estado serão inaugurados.

SARS
Sobre as medidas de segurança contra a Sars (pneumonia asiática), o ministro afirmou que o serviço de vigilância nos portos, aeroportos e fronteiras será melhorado "nos próximos dias".
"Já houve um acerto com as empresas aéreas para que sejam repassadas orientações sobre a doença nos vôos domésticos e internacionais", declarou.
"Será obrigatório o preenchimento de um formulário mais completo pelas pessoas que vêm do exterior", disse.


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