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SAÚDE
Segundo o ministro, valor não inclui outras despesas que o governo paga pelo paciente, como exames e medicamentos
Diária de UTI não terá aumento, diz Costa
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O ministro da Saúde, Humberto
Costa, afirmou ontem em Recife
que o governo não pensa em aumentar o valor da diária paga aos
hospitais conveniados pela utilização de leitos de UTI (Unidade
de Terapia Intensiva).
"Quando se diz que o valor [da
diária" da UTI é de R$ 170 aproximadamente, não estão sendo
computados outros componentes
que se pagam pelo paciente."
"Além da diária da UTI, a AIH
(Autorização de Internação Hospitalar) do leito normal continua
sendo paga enquanto a pessoa é
tratada na terapia intensiva."
"Os exames são pagos [pelo governo", os medicamentos são pagos, e, portanto, quando se faz a
conta final, o que de fato o ministério paga é muito maior."
Costa anunciou que o governo
deve concluir nesta semana estudo preliminar sobre a "necessidade real" de leitos de UTI no Brasil.
"Se houver defasagem, podemos
pensar em discutir o aumento."
O ministro, entretanto, reiterou
que, "em princípio", não pensa
em reajustar os valores pagos.
Com o levantamento, o ministro
espera também rebater a informação da Confederação Nacional
da Saúde, que estima em 4.000 o
número de leitos de UTIs que necessitariam ser implantados nos
hospitais do país.
O ministro disse estar preocupado também com os chamados
"leitos intermediários", destinados aos pacientes que não precisam mais de terapia intensiva,
mas não podem permanecer em
um quarto comum de hospital.
Costa disse ainda que o ministério não sabe se o tempo que os pacientes permanecem em tratamento intensivo é o adequado.
Para Costa, a situação no Ceará,
onde pacientes que aguardavam
vaga em UTI morreram sem receber o tratamento, está, "no momento, equacionada". Em 30 dias,
afirmou, parte dos 52 novos leitos
de UTI e de tratamento semi-intensivo que estão sendo construídos no Estado serão inaugurados.
SARS
Sobre as medidas de segurança
contra a Sars (pneumonia asiática), o ministro afirmou que o serviço de vigilância nos portos, aeroportos e fronteiras será melhorado "nos próximos dias".
"Já houve um acerto com as empresas aéreas para que sejam repassadas orientações sobre a
doença nos vôos domésticos e internacionais", declarou.
"Será obrigatório o preenchimento de um formulário mais
completo pelas pessoas que vêm
do exterior", disse.
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