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Pessoas ativas controlam melhor a pressão
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
O significativo aumento da
hipertensão na população
com mais de 40 anos e o conhecimento atual de que fatores de risco para a pressão alta
podem ser minimizados indicam a necessidade urgente de
medidas preventivas, segundo o professor José Paulo Cipullo, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto.
Cipullo e uma equipe de 11
médicos da faculdade (João
Cação, Maria Regina Godoy,
José Martin, Afonso Loureiro,
Luís Ciorlia, Gustavo Ciorlia,
Milene Silva, Letícia Andrade,
Plínio Luppino, Carlos Carvalho e José Carvalho) realizaram um levantamento completo sobre a hipertensão em vários setores da população
de Rio Preto (a 440 km de SP).
Verificaram que 34,2% das
pessoas com atividade física
ativa apresentavam aumento
da pressão e quase o dobro das
pessoas hipertensas (65,8%)
levava uma vida sedentária.
No estudo, a prevalência da
hipertensão (número de casos
da doença na população) foi
de 10,91% dos 18 aos 39 anos;
23,8%, de 40 a 49 anos;
45,21%, de 50 a 59 anos;
65,87%, de 60 a 69 anos; e acima de 70 anos, 69,78%.
Não houve diferença entre
sexo, a não ser acima dos 70
anos, quando surge o predomínio da hipertensão entre
mulheres (82,20%) em relação a homens (57,35%).
Cipullo e seus colaboradores também estudaram a hipertensão relacionada ao estado civil, o que raramente é referido em outras pesquisas
relacionadas ao problema.
Observaram diferença significante entre os grupos de
separados, divorciados e viúvos (45,7%) em relação aos casados (24,2%) e solteiros
(12,3%). Na análise das causas, Cipullo considera que a
menor prevalência entre os
solteiros deve-se ao predomínio de jovens na população estudada. Entre os casados, a
preocupação e responsabilidade familiar poderiam representar um fator de risco. E para os separados, divorciados e viúvos, as causas seriam fatores psicossociais, falta de estímulo do companheiro e menor preocupação com a saúde.
julio@uol.com.br
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