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Refém oferece dinheiro para não morrer
DA SUCURSAL DO RIO
Uma das reféns, identificada apenas como Antônia,
que estava nervosa e tremendo muito, contou, no
fim do sequestro, que teve de
dar seu dinheiro para que o
sequestrador não a matasse.
"Foi um horror, foi um
horror. Eu tive que dar meu
dinheiro para ele não me
matar lá no banco de trás."
Sobre uma das mulheres
que foi mantida como refém
e que se chegou a pensar que
havia sido baleada, ela disse
que "ele atirou em uma moça, mas não matou, só baleou". Depois ficou confirmado que o tiro disparado
não chegou a atingir a refém.
Antônia também relatou
que o sequestrador demonstrava muita agressividade e
repetia várias vezes que ia
matar a todos. "Ele dizia que
ia acabar com todo mundo.
Depois ele levou a gente para
o banco de trás e ameaçou
matar. Aí eu ofereci meu dinheiro para que ele não me
matasse."
Segundo policiais da 15ª
Delegacia de Polícia, na Gávea (zona sul da cidade), outro suposto refém, libertado
antes do fim do sequestro, é
suspeito de ter participado
do assalto. De acordo com os
policiais, ele pulou pela janela ainda durante a ação e se
fingiu de refém para escapar
da prisão.
Carlos Faria, que foi levado
por policiais para prestar depoimento na 15ª DP, se defendeu da acusação, dizendo
que não fugiu, mas foi libertado pelo sequestrador.
"Eu estava indo comprar
ferramentas na rua Buenos
Aires, no centro da cidade,
quando aconteceu o assalto.
Depois de um tempo ele (sequestrador) me libertou",
disse Carlos Faria. A polícia
não encontrou nenhuma arma com ele.
Após o fim do sequestro,
todos os seis reféns que ainda estavam no ônibus foram
levados para a delegacia,
mas até as 19h30 não haviam
prestado depoimento.
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