São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2000


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Refém oferece dinheiro para não morrer

DA SUCURSAL DO RIO

Uma das reféns, identificada apenas como Antônia, que estava nervosa e tremendo muito, contou, no fim do sequestro, que teve de dar seu dinheiro para que o sequestrador não a matasse.
"Foi um horror, foi um horror. Eu tive que dar meu dinheiro para ele não me matar lá no banco de trás."
Sobre uma das mulheres que foi mantida como refém e que se chegou a pensar que havia sido baleada, ela disse que "ele atirou em uma moça, mas não matou, só baleou". Depois ficou confirmado que o tiro disparado não chegou a atingir a refém.
Antônia também relatou que o sequestrador demonstrava muita agressividade e repetia várias vezes que ia matar a todos. "Ele dizia que ia acabar com todo mundo. Depois ele levou a gente para o banco de trás e ameaçou matar. Aí eu ofereci meu dinheiro para que ele não me matasse."
Segundo policiais da 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea (zona sul da cidade), outro suposto refém, libertado antes do fim do sequestro, é suspeito de ter participado do assalto. De acordo com os policiais, ele pulou pela janela ainda durante a ação e se fingiu de refém para escapar da prisão.
Carlos Faria, que foi levado por policiais para prestar depoimento na 15ª DP, se defendeu da acusação, dizendo que não fugiu, mas foi libertado pelo sequestrador.
"Eu estava indo comprar ferramentas na rua Buenos Aires, no centro da cidade, quando aconteceu o assalto. Depois de um tempo ele (sequestrador) me libertou", disse Carlos Faria. A polícia não encontrou nenhuma arma com ele.
Após o fim do sequestro, todos os seis reféns que ainda estavam no ônibus foram levados para a delegacia, mas até as 19h30 não haviam prestado depoimento.



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