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Abdominais ajudam garoto a aguentar golpe
DA REPORTAGEM LOCAL
O adolescente C., 18, tem
obsessão por exercício abdominal. O motivo não é estético nem de saúde -é por
sobrevivência. "A gente recebe muito soco no estômago porque não deixa marca.
O exercício ajuda a aguentar
o golpe", afirmou.
Ele disse ter sido agredido
quatro vezes nos dez dias em
que ficou na unidade 31 de
Franco da Rocha, antes de
sair em liberdade assistida.
Nas surras, funcionários diziam uns aos outros para
não deixar marca.
Ele também cita o caso de
abuso sexual. Ameaçado,
um colega teria sido obrigado a segurar o pênis de um
funcionário. A denúncia foi
feita ao Ministério Público.
Interno por um ano e nove
meses, C. aponta Franco da
Rocha, na qual ficou só dez
dias, como a pior unidade
pela qual passou. "Nem Parelheiros era assim", disse,
sobre a unidade fechada em
2002 após denúncias de tortura e maus-tratos.
A preferência por golpes
no joelho fez um funcionário
ficar conhecido como o Rei
da Rótula, segundo G., 19,
interno da unidade 30 de
Franco da Rocha.
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