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São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2003

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Sequestradores libertam o reitor da Universidade de Pernambuco

Rodrigo Lobo/"Jornal do Commercio"
Integrantes presos do grupo acusado de ter sequestrado o reitor da Universidade de Pernambuco


FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

O reitor da UPE (Universidade de Pernambuco), Emanuel Dias de Oliveira e Silva, 53, sequestrado no último dia 3, foi libertado ontem, em Recife, após pagamento de resgate.
Silva foi deixado próximo a um viaduto no Jardim São Paulo, periferia da cidade, às 2h. Segundo a Polícia Civil, ele estava abatido, mas sem ferimentos. O valor do resgate não foi revelado.
O educador foi sequestrado às 18h30, quando retornava para casa dirigindo seu BMW. Em uma rua de acesso à praia de Boa Viagem, zona sul de Recife, o veículo foi interceptado por um Vectra verde e um Marea prata.
Seis homens armados retiraram o reitor do carro e o colocaram no banco traseiro do Vectra. Em seguida, fugiram com a vítima. O BMW foi abandonado no local.
Os sequestradores fizeram o primeiro contato com a família de Silva três dias depois. Por telefone, teriam pedido R$ 500 mil de resgate, valor não confirmado pela polícia. O pagamento foi feito na noite de domingo.
Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Aníbal Moura, a polícia não interveio nas negociações, mas monitorou o caso.
Horas após a sua libertação, a Polícia Militar prendeu 11 pessoas em duas operações realizadas nos municípios de Abreu e Lima (região metropolitana) e Caetés (a 245 km da capital).
Com o grupo, foram encontradas armas, drogas, munições e jóias. Moura disse que ainda não há provas diretas da participação dos presos no sequestro.
O GOE (Grupo de Operações Especiais), que investiga esse tipo de crime no Estado, acredita, porém, que os acusados podem estar ligados a Rosemberg Ramos da Silva, o Berg, maior sequestrador de Pernambuco.
O sequestro do reitor foi o segundo ocorrido neste ano no Estado. O primeiro caso aconteceu no dia 6 de janeiro e envolveu uma fonoaudióloga, filha de um empresário pernambucano. Segundo o delegado do GOE, Paulo Alberes, não há outro sequestro em andamento no Estado.
Segundo ele, o número de sequestros vem caindo. No primeiro semestre de 2002, afirmou, foram registrados cinco casos.
Na UPE, a notícia da libertação foi comemorada. O educador telefonou para os amigos, disse que estava bem e que poderia retornar ao trabalho ainda hoje. Ele não comentou detalhes do sequestro. A UPE é uma universidade estadual. Mantém 34 cursos e cerca de 20 mil alunos em quatro campi.


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