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São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 2003

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Mais três policiais são acusados de facilitar fuga de traficante no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, anunciou ontem que afastará três policiais civis citados por um PM preso no BPChoque (Batalhão de Choque) como tendo supostamente recebido R$ 120 mil para auxiliar a fuga do traficante e sequestrador Cláudio Roberto Moreira Pacheco, o Sussuquinha.
A propina, segundo o PM, teria sido paga para que Sussuquinha fosse transferido da carceragem da Polinter (zona portuária) para o BPChoque (centro), de onde escapou pela porta da frente na madrugada do dia 29 de maio. Os nomes dos policiais civis não foram revelados pelo secretário.
A fuga resultou na prisão do então comandante da unidade, coronel Jorge Duarte, o chefe do serviço de inteligência e mais 12 policiais que estavam de plantão. Sussuquinha continua foragido.
Garotinho afirmou que o traficante teria pago R$ 500 mil a PMs para fugir do BPChoque.
Em depoimento à titular da 4ª DP (centro), Evanora de Moraes, o PM, cujo nome é mantido em sigilo, disse que Sussuquinha disse ter pago R$ 600 mil a policiais federais e rodoviários federais para a liberação de 350 quilos de cocaína apreendidos em Resende (RJ). Segundo Garotinho, a suposta negociação foi feita no dia 16 de maio, quando Sussuquinha teria recebido a visita de dois advogados no BPChoque.
Segundo o secretário, os policiais teriam exigido uma propina de R$ 1,5 milhão, concordando mais tarde em reduzi-la para R$ 600 mil. A polícia, diz Garotinho, ainda não confirmou se os advogados estiveram no batalhão, porque o livro de visitas sumiu.
O PM, preso por homicídio, disse ainda que Sussuquinha lhe relatou que tinha acesso a uma central de telefones no BPChoque e que mais um oficial e um sargento da unidade sabiam da fuga.


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